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TCU vai checar solução para conta de luz
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O TCU (Tribunal de Contas
da União), primeira instituição
fora da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a constatar a falha nos reajustes tarifários das 63 distribuidoras do
país, disse ontem que irá checar
se a solução apresentada pela
Aneel de fato corrige a distorção nos reajustes aplicados nas
contas de luz dos consumidores brasileiros.
O Tribunal, órgão assessor do
Congresso Nacional, disse que
já solicitou à Aneel informações sobre os primeiros sete
reajustes concedidos na última
terça-feira. Segundo a agência
reguladora, o novo modelo já
foi aplicado nesses primeiros
reajustes. O efeito, como o esperado, foi uma redução dos índices de reajuste da maioria das
distribuidoras.
Além de checar se o aditivo
ao contrato de concessão será
suficiente para eliminar a distorção que transfere, segundo
estimativas do TCU, R$ 1 bilhão
por ano dos consumidores para
as distribuidoras, o Tribunal
prepara posição sobre o que fazer em relação ao que já foi cobrado.
Embora tenha reconhecido e
proposto uma reforma do contrato, a Aneel afirma que não
irá criar qualquer mecanismo
de compensação tarifária em
favor dos consumidores que tenham pago além do previsto
em lei. A Aneel admite que a
metodologia gerou reajustes
maiores, mas afirma que o cálculo da tarifa baseou-se numa
fórmula prevista no contrato,
embora falha.
Apesar de a CPI das Tarifas
de Energia Elétrica da Câmara
dos Deputados ter pedido a
Aneel o cálculo de quanto os
consumidores pagaram a mais,
a agência informou que não poderia fazer essa conta. O único
cálculo estimado hoje é que esse valor pode superar R$ 7 bilhões, em razão do fato de que a
falha admitida pela própria
Aneel gera distorções desde
2002.
Um parecer técnico já está
nas mãos do ministro-relator
do caso, Benjamin Zymler. Não
há prazo para a avaliação do ministro, tampouco votação desse
parecer no colegiado do TCU.
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