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Bovespa ignora mercado externo e avança 1,58%
Dados negativos dos EUA afetam Bolsas pelo mundo
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado brasileiro voltou
a se descolar do cenário internacional e retomou a rota positiva interrompida na sexta-feira. Indiferente à queda das Bolsas nos EUA, na Europa e na
Ásia, a Bovespa registrou valorização de 1,58% no pregão de
ontem. O dólar caiu 1,12% diante do real, para ser vendido a R$
1,672, rondando seus menores
níveis desde maio de 99.
Depois de trabalhar em baixa
na primeira hora de pregão, a
Bolsa de Valores de São Paulo
entrou em terreno positivo e
encerrou perto da máxima do
dia, aos 64.490 pontos.
Os pregões lá fora foram prejudicados, mais uma vez, por
dados econômicos norte-americanos pouco animadores, como a queda nos gastos com
construção no país e a retração
na atividade manufatureira.
O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações americanas de
maior liquidez, tentou se recuperar no fim do pregão e fechou
com baixa de 0,06% -durante
o dia, chegou a cair 0,86%. A
Nasdaq perdeu 0,57%.
Em Tóquio, o índice Nikkei
recuou 4,49%. A Bolsa de Londres perdeu 1,12%, e a de
Frankfurt, 0,86%.
Na Bovespa, as ações dos setores siderúrgico e bancário tiveram papel relevante no desempenho do mercado. A alta
dos papéis da Eletrobrás -que
subiram mais de 7% e lideraram os ganhos do Ibovespa-
também foi destaque.
No setor siderúrgico, destaque para a ação preferencial
"A" da Usiminas, que avançou
5,10%. Em seguida, veio o papel
ON da Siderúrgica Nacional,
que ganhou 2,96%. A ação PN
da Gerdau, a terceira mais negociada no dia, subiu 1,88%.
Entre os bancos, as maiores
altas ficaram com Nossa Caixa
ON (5,55%), Bradesco PN
(2,42%), Unibanco UNT
(2,40%) e Itaú PN (1,78%).
No mercado, voltou-se a falar
sobre a possibilidade de o Brasil ser elevado a "grau de investimento" por alguma agência
de classificação de risco internacional. Essa expectativa tem
favorecido o humor positivo e
dado alento ao mercado doméstico.
"O Brasil tem sido especialmente beneficiado pelos seus
fundamentos econômicos mais
sólidos, que têm levado a uma
expectativa maior da obtenção
de "grau de investimento" pelo
país", afirma Miriam Tavares,
diretora de câmbio da corretora AGK. "Embora haja espaço
para realizações pontuais de lucros, acreditamos que, a qualquer sinal de melhora externa e
elevação dos preços das commodities, o dólar volte a caminhar novamente em direção ao
patamar de R$ 1,65", diz.
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