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Para analistas, incertezas sobre os EUA podem manter oscilações no mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Com os mercados voltando
aos níveis pré-turbulência chinesa, os ativos financeiros mostraram o quão rápido podem se
recuperar.
Bolsas de Valores como a
brasileira e a americana voltaram a patamares anteriores ao
do fatídico 27 de fevereiro,
quando o mercado acionário de
Xangai desabou quase 9% e arrastou o resto mundo.
Apesar do cenário para os
mercados financeiros ser positivo, passado o susto chinês,
analistas lembram que muitos
sobressaltos ainda podem
ocorrer ainda daqui para o fim
do ano.
"Devemos ter, sim, novas ondas de volatilidade nos próximos meses, pois há muitas incertezas em relação à economia
norte-americana", diz Alexandre Maia, da GAP Asset Management. "Mas o que esse último
episódio de turbulências demonstrou é que esses períodos
de volatilidade têm sido temporários, com a retomada da alta
das Bolsas em pouco tempo",
afirma o economista.
No dia 27 de fevereiro, a Bolsa de Valores de São Paulo
amargou pesada perda de 6,6%.
Nos últimos 20 dias, o Ibovespa, principal índice da Bolsa,
acumulou valorização de 8,3%.
O dólar, que iniciou março a
R$ 2,12, vale hoje R$ 2,037, seu
mais baixo valor desde 2001.
"A chance de haver alguma
crise pesada e duradoura, que
prejudique muito o Brasil, é remota. O que pode ocorrer é o
que aconteceu no episódio da
China. Ou seja, uma turbulência externa acaba por derrubar
os mercados mundiais por alguns dias ou mesmo semanas.
Passado o pior, acabam por se
recuperar rapidamente", avalia
Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
(FABRICIO VIEIRA)
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