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Bolsa de SP termina a semana com alta de 5,9%
Ganho no ano chega a 18%;
dólar desce para R$ 2,20
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo encerrou a semana no
mais elevado patamar desde 3
de outubro do ano passado.
Com valorização acumulada de
5,93%, o índice Ibovespa fechou ontem aos 44.390 pontos.
Os pregões de ontem foram
menos agitados que os de quinta-feira, mas as Bolsas ainda
encontraram ânimo para terminar a semana com ganhos. A
Bovespa subiu 1,50%. Em Wall
Street, o índice de ações Dow
Jones avançou 0,50%. Em Tóquio, a alta ficou em 0,34%.
Já na Europa os investidores
preferiram realizar parte dos
lucros recentes. A Bolsa de
Londres recuou 2,31%.
Dados que demonstraram
que a economia americana ainda segue enfraquecida, como o
fechamento de 663 mil postos
de trabalho no país em março,
chegaram a desanimar o mercado por certo período.
"Mas o desempenho do mercado acabou por ainda refletir
os anúncios do G20 de ontem
[quinta-feira]. Ninguém esperava que houvesse novidades
no G20 e as notícias animaram
os investidores", diz Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Souza Barros.
Os líderes do G20 anunciaram um pacote de estímulo
econômico estimado em US$
1,1 trilhão, o que foi bem recebido pelos mercados.
Com a alta dos últimos dias, o
Ibovespa já registra apreciação
de 8,47% no mês. No ano, os ganhos saltaram para 18,22%.
Essa recuperação favoreceu
ações de diversos setores. Das
66 ações que entram na composição do Ibovespa, 57 terminaram a semana com alta acumulada. Na lista das maiores altas
da semana, destacaram-se papéis como Gafisa ON (23,87%)
e Duratex PN (23,78%).
Dólar para baixo
Para o segmento de câmbio, o
clima menos tenso vivido pelo
mercado se reverteu em forte
queda do dólar. A moeda norte-americana terminou as operações de ontem vendida a R$
2,205, com baixa de 1,34%. No
mês, o dólar registra depreciação de 4,87%. O dólar caiu ontem a seu mais baixo valor desde o começo de janeiro.
Ontem, o Banco Central realizou leilão para oferecer dólares com compromisso de recompra. Dos US$ 2 bilhões
ofertados, o mercado ficou com
US$ 1,25 bilhão, o que demonstra que a demanda pela moeda
estrangeira tem encolhido.
No pregão da BM&F, os investidores estrangeiros têm diminuído suas apostas no dólar
apreciado. Isso pode ser constatado pelo volume das chamadas "operações compradas" em
dólar. Quanto mais elevadas essas posições, maiores as apostas na alta do dólar. Depois de
superar US$ 14 bilhões no mês
passado, essas posições recuaram para US$ 7,9 bilhões na
quinta-feira. Ou seja, as apostas
em dólar forte arrefeceram.
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