Alta no mês foi puxada pela antecipação da compra

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O setor de caminhões começa a sentir um alento, depois de alguns indicadores darem sinais de recuperação da atividade econômica.
Em março, foram vendidos 8.643 veículos pesados, o que significa um crescimento de 9,17% em relação a fevereiro, considerando as médias diárias. O nível de vendas, no entanto, ainda está 9,83% abaixo do registrado em março do ano passado, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
A perspectiva de alguma melhora no cenário econômico aliada à antecipação das compras -a prorrogação do IPI menor por mais três meses também para caminhões foi anunciada somente na segunda-feira- explicam o resultado de março, na avaliação de Paulo Roberto Garbossa, diretor da consultoria ADK.
"A redução do preço em si não funciona para os caminhões como funciona para um carro de passeio. No caso dos caminhões, trata-se de investimento pesado e expectativa de retorno, ou seja, a economia tem que se movimentar", afirma Garbossa.
No acumulado do ano, foram vendidos 21.504 veículos, volume ainda 16,62% inferior ao observado no mesmo período do ano passado.
A previsão de Garbossa é que o mercado feche este ano com queda entre 10% e 15% em relação a 2008, em um cenário considerado "até positivo", dadas as previsões que apontavam para uma venda de cerca de 80 mil veículos no ano, segundo ele. No ano passado, foram vendidos 122 mil caminhões.
De acordo com Garbossa, em 2010, por ser ano eleitoral, deve haver uma alavancagem nas vendas. "Não se costuma ver elevação dos juros ou aumento de impostos nessa época, o que estimula a economia."
Para o diretor de comunicação da Mercedes, Mário Laffitte, o resultado de março indica uma confiança maior na economia. "Mas não podemos dizer que a situação está confortável", afirma.


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