São Paulo, sábado, 04 de maio de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Indicadores oscilam bastante; risco-país cai 0,45%, Bolsa tem alta de 0,57% e C-Bond sobe 0,82%

Bovespa sobe e dólar tem pequena alta

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro conseguiu encerrar a semana com um certo alívio, após o forte nervosismo dos últimos dias.
A Bolsa de Valores de São Paulo oscilou muito. O Ibovespa fechou com alta de 0,57%. Durante o dia, chegou a cair 0,85% e a subir 1,12%. O dólar fechou com valorização de 0,46%, cotado a R$ 2,408. Durante todo o pregão, a moeda americana esteve em alta, que chegou a atingir 1,21%.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, subiram 0,82%. O risco-país, medido pelo índice Embi+, do JP Morgan, fechou em baixa de 0,45%, para 879 pontos.
O dia começou ainda nervoso por conta do anúncio do espanhol Santander, que reduziu sua recomendação de compra para os títulos brasileiros. Foi o quarto banco a rebaixar o Brasil nesta semana, após Merrill Lynch, Morgan Stanley e ABN Amro.
Em seguida, vieram anúncios de outros cinco bancos, em direção contrária. JP Morgan, ING Barings, Barclays, Dresdner e Lloyds TSB mantiveram suas recomendações de compra para os papéis brasileiros. Eles avaliaram que as recentes deteriorações dos indicadores financeiros do país eram exageradas. Já o Santander explicou que rebaixou o Brasil por conta das recentes perdas no mercado nacional.
O mercado ainda se ressentia do cancelamento das emissões no mercado internacional de US$ 500 milhões pela Petrobras e de US$ 150 milhões pela Eletrobras pela manhã. Para intensificar o mal-estar em relação ao sucesso de futuras captações brasileiras no exterior, a empresa de tratamento de águas Sanepar informou que adiaria uma oferta global de ações de US$ 125 milhões, devido às instabilidades no mercado. A queda do lucro do Itaú no primeiro trimestre também desagradou aos investidores.
Mas, à tarde, os C-Bonds começaram a se valorizar, o que serviu como o impulso que faltava para o mercado local.
A recuperação foi intensificada pelo anúncio feito pelo Merrill Lynch, que manteve sua recomendação de compra para as ações brasileiras -apesar de ter rebaixado os títulos do país.
Segundo Robert Berges, analista do banco, no longo prazo, as perspectivas para o mercado acionário nacional são favoráveis.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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