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MERCADO FINANCEIRO
Indicadores oscilam bastante; risco-país cai 0,45%, Bolsa tem alta de 0,57% e C-Bond sobe 0,82%
Bovespa sobe e dólar tem pequena alta
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro conseguiu encerrar a semana com um
certo alívio, após o forte nervosismo dos últimos dias.
A Bolsa de Valores de São Paulo
oscilou muito. O Ibovespa fechou
com alta de 0,57%. Durante o dia,
chegou a cair 0,85% e a subir
1,12%. O dólar fechou com valorização de 0,46%, cotado a R$
2,408. Durante todo o pregão, a
moeda americana esteve em alta,
que chegou a atingir 1,21%.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, subiram
0,82%. O risco-país, medido pelo
índice Embi+, do JP Morgan, fechou em baixa de 0,45%, para 879
pontos.
O dia começou ainda nervoso
por conta do anúncio do espanhol Santander, que reduziu sua
recomendação de compra para os
títulos brasileiros. Foi o quarto
banco a rebaixar o Brasil nesta semana, após Merrill Lynch, Morgan Stanley e ABN Amro.
Em seguida, vieram anúncios
de outros cinco bancos, em direção contrária. JP Morgan, ING
Barings, Barclays, Dresdner e
Lloyds TSB mantiveram suas recomendações de compra para os
papéis brasileiros. Eles avaliaram
que as recentes deteriorações dos
indicadores financeiros do país
eram exageradas. Já o Santander
explicou que rebaixou o Brasil
por conta das recentes perdas no
mercado nacional.
O mercado ainda se ressentia do
cancelamento das emissões no
mercado internacional de US$
500 milhões pela Petrobras e de
US$ 150 milhões pela Eletrobras
pela manhã. Para intensificar o
mal-estar em relação ao sucesso
de futuras captações brasileiras
no exterior, a empresa de tratamento de águas Sanepar informou que adiaria uma oferta global de ações de US$ 125 milhões,
devido às instabilidades no mercado. A queda do lucro do Itaú no
primeiro trimestre também desagradou aos investidores.
Mas, à tarde, os C-Bonds começaram a se valorizar, o que serviu
como o impulso que faltava para
o mercado local.
A recuperação foi intensificada
pelo anúncio feito pelo Merrill
Lynch, que manteve sua recomendação de compra para as
ações brasileiras -apesar de ter
rebaixado os títulos do país.
Segundo Robert Berges, analista do banco, no longo prazo, as
perspectivas para o mercado
acionário nacional são favoráveis.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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