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OMC adia decisão sobre valor da retaliação do Brasil contra Canadá
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre
o valor da retaliação comercial
que o Brasil poderá aplicar contra
as importações do Canadá foi
adiada para o dia 24.
A OMC deveria ter apontado o
valor final das retaliações ontem,
mas um acordo entre negociadores do Brasil e do Canadá adiou a
decisão. O Itamaraty concordou
com o adiamento porque não
houve tempo suficiente para as
duas partes estudarem os relatórios finais dos processos.
O Brasil solicitou o direito de retaliar o Canadá em US$ 3,36 bilhões. O valor se refere à venda de
199 jatos da Bombardier para empresas espanholas e americanas
com financiamento subsidiado
pelo Canadá.
Apesar de os negócios subsidiados somarem US$ 3,9 bilhões, o
Itamaraty não considerou os jatos
que já haviam sido entregues pela
Bombardier quando a OMC condenou os subsídios, em fevereiro.
O governo quer evitar que o Canadá solicite direitos retroativos e
reabra o processo que permite aos
canadenses retaliar o Brasil em
US$ 1,4 bilhão em 2000.
O valor da retaliação canadense
se refere aos aviões vendidos pela
Embraer com ajuda do Proex,
programa brasileiro de financiamento às exportações, também
condenado pela OMC.
Guerra do aço
A OMC decidiu ontem constituir um "panel" (tribunal de arbitragem) para investigar a legalidade da sobretaxa imposta pelos
EUA ao aço importado. A decisão
deverá sair no final do ano.
A investigação atende a uma solicitação da União Européia, com
o apoio do Japão, da Coréia do Sul
e da China. O presidente dos
EUA, George W. Bush, impôs as
sobretaxas de até 30% em março
passado, sob o argumento de que
a siderurgia local sofre concorrência desleal.
Colaborou a Redação
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