DA REPORTAGEM LOCAL

No turbulento mês de maio, o volume negociado na Bolsa de Valores de São Paulo se retraiu. A Bovespa registrou o menor giro médio diário em seis meses. O volume negociado pelos investidores estrangeiros no mês passado foi o menor do ano.
Apesar de menor, o saldo entre compras e vendas de ações com recursos de estrangeiros ficou positivo em R$ 268,9 milhões. A última vez que esse saldo ficou negativo foi em maio do ano passado.
A média diária negociada em maio ficou em R$ 1,003 bilhão. Ontem, o pregão da Bolsa teve movimentação ainda mais tímida. Foram negociados apenas R$ 717 milhões. O Ibovespa (principal índice) recuou 1,61% ontem.
O dólar até que iniciou calmo os negócios de ontem, com a notícia de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu elevar a produção de óleo para reduzir os preços.
Mas a inflação de 0,57% registrada pelo IPC da Fipe em maio, que ficou no teto das projeções do mercado, não agradou muito aos investidores. A revisão para cima da previsão para o IPCA deste ano, pelo Ipea, também não foi bem recebida pelo mercado.
Vendido a R$ 3,154, o dólar encerrou o dia com alta de 0,70%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções dos juros futuros também fecharam em alta. O risco-país subiu 2%, para 705 pontos.
O fechamento de uma operação de captação de recursos no exterior, no valor de US$ 128 milhões, pela Gerdau, não chegou a ter impacto positivo sobre o câmbio.

Ações
Os papéis da Vale do Rio Doce foram o destaque positivo da Bolsa paulista em maio. A ação ON (ordinária, com direito a voto) da Vale disparou 20,5% no mês passado, seguido pela ação PNA (preferencial "A") da empresa, que acumulou ganho de 18,4%. A valorização do dólar -8,8% em maio- favoreceu as ações da exportadora.
No pregão de ontem, o papel PNA da Vale devolveu parte do ganho recente e fechou com baixa de 2,05%.
Com a forte volatilidade do mês, os fundos de investimento chegaram ao fim de maio com captação líquida negativa (os resgates superaram as aplicações) de R$ 4,7 bilhões, segundo dados do site Fortuna. (FABRICIO VIEIRA)


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