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PAC fez menos de 10% do previsto em investimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Faltando só um ano para
concluir a primeira etapa do
PAC, o programa fez menos de
10% dos investimentos previstos. A meta fixada no início deste ano era aplicar R$ 646 bilhões até 2010, dinheiro que
equivale a mais do que o governo espera arrecadar neste ano.
Mas, segundo os dados apresentados ontem, no sétimo balanço do programa, os gastos
foram de R$ 62,9 bilhões.
Mas os critérios escolhidos
pelo governo para avaliar o programa apresentam resultados
melhores. O percentual de gastos, por exemplo, chega a 15%
do total previsto. Isso só acontece porque os dados oficiais
deixam de fora as obras de saneamento e habitação.
Segundo a ministra da Casa
Civil e gerente do PAC, Dilma
Rousseff, a execução depende
de parcerias com Estados e municípios e por isso não serviria
como um bom indicador do andamento do programa.
O governo também superestima as obras concluídas, que
seriam 14% do previsto. Obras
concluídas são aquelas em que
a participação do governo no
processo já se encerrou. Assim,
se uma rodovia é concedida à
iniciativa privada, é considerada acabada pelo governo.
Entre as obras que estão com
ritmo adequado, está a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira
(RO). A licença ambiental para
a construção da usina foi concedida apenas ontem à noite,
mas a dificuldade de obter o documento não foi suficiente para
mudar a classificação da obra.
Se o PAC for avaliado considerando só o Orçamento da
União, o que se observa é que os
desembolsos são lentos.
Do orçamento de R$ 20,5 bilhões de 2009, só saíram do caixa do governo R$ 3,8 bilhões
até o fim de maio. Desde o lançamento do programa, o governo pagou R$ 22,5 bilhões, dinheiro que equivale a pouco
mais de duas vezes o orçamento do Bolsa Família.
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