São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

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PAC fez menos de 10% do previsto em investimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Faltando só um ano para concluir a primeira etapa do PAC, o programa fez menos de 10% dos investimentos previstos. A meta fixada no início deste ano era aplicar R$ 646 bilhões até 2010, dinheiro que equivale a mais do que o governo espera arrecadar neste ano. Mas, segundo os dados apresentados ontem, no sétimo balanço do programa, os gastos foram de R$ 62,9 bilhões.
Mas os critérios escolhidos pelo governo para avaliar o programa apresentam resultados melhores. O percentual de gastos, por exemplo, chega a 15% do total previsto. Isso só acontece porque os dados oficiais deixam de fora as obras de saneamento e habitação.
Segundo a ministra da Casa Civil e gerente do PAC, Dilma Rousseff, a execução depende de parcerias com Estados e municípios e por isso não serviria como um bom indicador do andamento do programa.
O governo também superestima as obras concluídas, que seriam 14% do previsto. Obras concluídas são aquelas em que a participação do governo no processo já se encerrou. Assim, se uma rodovia é concedida à iniciativa privada, é considerada acabada pelo governo.
Entre as obras que estão com ritmo adequado, está a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO). A licença ambiental para a construção da usina foi concedida apenas ontem à noite, mas a dificuldade de obter o documento não foi suficiente para mudar a classificação da obra.
Se o PAC for avaliado considerando só o Orçamento da União, o que se observa é que os desembolsos são lentos.
Do orçamento de R$ 20,5 bilhões de 2009, só saíram do caixa do governo R$ 3,8 bilhões até o fim de maio. Desde o lançamento do programa, o governo pagou R$ 22,5 bilhões, dinheiro que equivale a pouco mais de duas vezes o orçamento do Bolsa Família.


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