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Senadores nos EUA criticam GM e Chrysler
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com suas empresas em
processo de concordata, os
presidentes da General Motors e Chrysler enfrentaram
ontem críticas dos senadores
americanos em audiência na
Comissão de Comércio do
Senado dos Estados Unidos.
Eles defenderam a redução de suas redes de concessionários, consideradas inchadas em relação ao tamanho das operações das montadoras. Mas a medida vai gerar desemprego e aumentar
a tensão no setor automotivo
no país.
Os concessionários são
parte importante na política
americana, pois são contribuintes de campanhas eleitorais -em 2008, por exemplo, doaram US$ 9 milhões a
candidatos federais. Também são grandes empregadores e patrocinadores na
área de esporte.
Ontem, o presidente da
GM, Fritz Henderson, disse
que o objetivo da montadora
agora é ter "menos concessionários, porém mais fortes". "Esse é um tempo difícil
para todos da família GM."
Já o presidente da
Chrysler, James Press, disse
que o desempenho fraco na
rede de distribuição prejudica a montadora. "Concessionários que têm performance
fraca nos levam a perder
clientes. Se eles não vendem,
nós também não vendemos."
As declarações provocaram reação dos senadores.
Para o democrata Jay Rockefeller, presidente da comissão, as montadoras estão
abandonando seus clientes e
distribuidores.
"Não acho que essas companhias deveriam receber
ajuda de contribuintes e deixar seus concessionários cada um por si, sem um plano
real e sem ajuda", disse Rockefeller aos executivos.
Mais de 2.700 concessionárias devem ser fechadas
nos EUA, enquanto a
Chrysler tenta se livrar da
proteção judicial nos próximos dias. A GM, que formalizou a concordata na segunda,
deve emergir como uma nova companhia num prazo
previsto para até 90 dias.
Os parlamentares argumentam que o fechamento
das concessionárias deixará
milhares de pessoas desempregadas, enquanto a economia das montadoras com a
medida será pouca.
"Não é nosso papel mudar
sua decisão [das montadoras]", disse a republicana
Kay Bailey Hutchison. "Mas
é nosso papel garantir que
todos sejam tratados tão
bem quanto possível nessas
circunstâncias."
Os próprios concessionários expressaram preocupação e fizeram protestos ontem. "Eu cumpri com todas
as obrigações colocadas pela
Chrysler e GM. [Agora] eles
querem que eu feche as portas", disse Peter Lopez.
Com agências internacionais
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