São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

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Senadores nos EUA criticam GM e Chrysler

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com suas empresas em processo de concordata, os presidentes da General Motors e Chrysler enfrentaram ontem críticas dos senadores americanos em audiência na Comissão de Comércio do Senado dos Estados Unidos.
Eles defenderam a redução de suas redes de concessionários, consideradas inchadas em relação ao tamanho das operações das montadoras. Mas a medida vai gerar desemprego e aumentar a tensão no setor automotivo no país.
Os concessionários são parte importante na política americana, pois são contribuintes de campanhas eleitorais -em 2008, por exemplo, doaram US$ 9 milhões a candidatos federais. Também são grandes empregadores e patrocinadores na área de esporte.
Ontem, o presidente da GM, Fritz Henderson, disse que o objetivo da montadora agora é ter "menos concessionários, porém mais fortes". "Esse é um tempo difícil para todos da família GM."
Já o presidente da Chrysler, James Press, disse que o desempenho fraco na rede de distribuição prejudica a montadora. "Concessionários que têm performance fraca nos levam a perder clientes. Se eles não vendem, nós também não vendemos."
As declarações provocaram reação dos senadores. Para o democrata Jay Rockefeller, presidente da comissão, as montadoras estão abandonando seus clientes e distribuidores.
"Não acho que essas companhias deveriam receber ajuda de contribuintes e deixar seus concessionários cada um por si, sem um plano real e sem ajuda", disse Rockefeller aos executivos.
Mais de 2.700 concessionárias devem ser fechadas nos EUA, enquanto a Chrysler tenta se livrar da proteção judicial nos próximos dias. A GM, que formalizou a concordata na segunda, deve emergir como uma nova companhia num prazo previsto para até 90 dias.
Os parlamentares argumentam que o fechamento das concessionárias deixará milhares de pessoas desempregadas, enquanto a economia das montadoras com a medida será pouca.
"Não é nosso papel mudar sua decisão [das montadoras]", disse a republicana Kay Bailey Hutchison. "Mas é nosso papel garantir que todos sejam tratados tão bem quanto possível nessas circunstâncias."
Os próprios concessionários expressaram preocupação e fizeram protestos ontem. "Eu cumpri com todas as obrigações colocadas pela Chrysler e GM. [Agora] eles querem que eu feche as portas", disse Peter Lopez.

Com agências internacionais



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