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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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CONJUNTURA

Palocci vê país no limiar do desenvolvimento

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse ontem na premiação do "Melhores e Maiores 2003", da "Exame", que, após seis meses de governo, o Brasil precisa de três coisas: crescimento, crescimento e crescimento.
"Quando iniciamos nosso trabalho, dizíamos que o Brasil precisava de credibilidade, credibilidade e credibilidade. Podemos virar a página", disse o ministro para uma platéia de empresários.
Palocci disse que está convencido de que o país se encontra "no limiar de uma caminhada em direção à retomada do desenvolvido sustentado. Nestes seis meses de governo, todo o esforço foi feito para estabilizar os indicadores macroeconômicos e reconstruir as condições de financiamento da nossa economia".
Segundo ele, a meta do governo é buscar nos próximos anos a redução da dívida sobre o PIB. Isso será possível, diz o ministro, já que a ameaça de descontrole inflacionário foi afastada, que a desvalorização cambial cedeu e que o financiamento externo voltou. Além disso, diz, a rolagem de títulos do governo tem melhorado.
O ministro disse que o Copom do Banco Central já começou na sua última reunião a levar em conta a redução da inflação para reduzir as taxas de juros. "Nove meses depois, as taxas básicas de juros invertem a sua tendência e passam a uma curva descendente, as projeções para a inflação em 12 meses apontam um IPCA em torno de 7% e temos a convicção de que chegaremos ao final de 2004 no centro da meta fixada pelo CMN há duas semanas."
Segundo ele, a pauta para o crescimento sustentando da economia é muito mais do que a queda dos juros. "Há enorme trabalho pela frente. O Brasil precisa resolver problemas agudos de crédito. Temos duas questões centrais vitais para o crescimento. Primeiro é o alto custo dos empréstimos para a produção e para o consumo. O segundo diz respeito às condições institucionais e de marco regulatório de setores-chave, como o de energia, portos, transportes e saneamento básico.
O empresário Antônio Ermírio de Moraes disse que achou o discurso do ministro "pé no chão". Segundo ele, não dá, no entanto, para se conformar com o fato de o Brasil ter só 1% de participação no mercado mundial. "Nós estamos aqui para ajudar o país a crescer, e é o que vamos fazer."


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