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CONJUNTURA
Palocci vê país no limiar do desenvolvimento
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse ontem na
premiação do "Melhores e Maiores 2003", da "Exame", que, após
seis meses de governo, o Brasil
precisa de três coisas: crescimento, crescimento e crescimento.
"Quando iniciamos nosso trabalho, dizíamos que o Brasil precisava de credibilidade, credibilidade e credibilidade. Podemos virar a página", disse o ministro para uma platéia de empresários.
Palocci disse que está convencido de que o país se encontra "no
limiar de uma caminhada em direção à retomada do desenvolvido sustentado. Nestes seis meses
de governo, todo o esforço foi feito para estabilizar os indicadores
macroeconômicos e reconstruir
as condições de financiamento da
nossa economia".
Segundo ele, a meta do governo
é buscar nos próximos anos a redução da dívida sobre o PIB. Isso
será possível, diz o ministro, já
que a ameaça de descontrole inflacionário foi afastada, que a desvalorização cambial cedeu e que o
financiamento externo voltou.
Além disso, diz, a rolagem de títulos do governo tem melhorado.
O ministro disse que o Copom
do Banco Central já começou na
sua última reunião a levar em
conta a redução da inflação para
reduzir as taxas de juros. "Nove
meses depois, as taxas básicas de
juros invertem a sua tendência e
passam a uma curva descendente,
as projeções para a inflação em 12
meses apontam um IPCA em torno de 7% e temos a convicção de
que chegaremos ao final de 2004
no centro da meta fixada pelo
CMN há duas semanas."
Segundo ele, a pauta para o
crescimento sustentando da economia é muito mais do que a queda dos juros. "Há enorme trabalho pela frente. O Brasil precisa resolver problemas agudos de crédito. Temos duas questões centrais vitais para o crescimento.
Primeiro é o alto custo dos empréstimos para a produção e para
o consumo. O segundo diz respeito às condições institucionais e de
marco regulatório de setores-chave, como o de energia, portos,
transportes e saneamento básico.
O empresário Antônio Ermírio
de Moraes disse que achou o discurso do ministro "pé no chão".
Segundo ele, não dá, no entanto,
para se conformar com o fato de o
Brasil ter só 1% de participação no
mercado mundial. "Nós estamos
aqui para ajudar o país a crescer, e
é o que vamos fazer."
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