São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Produção em junho tem maior alta em 30 meses

DA SUCURSAL DO RIO

A produção industrial cresceu 6,6% em junho na comparação com o mesmo mês de 2006. Foi a maior taxa desde dezembro de 2004 (8,3%), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O crescimento foi maior do que em maio deste ano, quando o setor cresceu 4,9% em relação ao mesmo mês de 2006.
Comparada a maio, a produção cresceu 1,2% em junho na série livre de influências sazonais (típicas de cada período). A expansão havia sido de 1,3% em maio ante o mês anterior.
A novidade em junho foi a liderança do crescimento de bens duráveis (alta de 2,2% em relação a maio) e de bens semi e não-duráveis -2,2%. Ambos foram impulsionados pelo crescimento do consumo doméstico, segundo o IBGE. Neste ano, os melhores resultados vinham sendo registrados por bens de capital, que em junho cresceu 1,2%.
Nos duráveis, o destaque ficou com a produção de veículos -alta de 1,2% de maio para junho. Já entre os semi e não-duráveis, ficou com os setores de refino de petróleo e produção de álcool (3,6%) e farmacêutica (6,7%). Outros dois importantes ramos dessa categoria, alimentos e bebidas, entretanto, tiveram queda -0,7% e 1%, respectivamente.
Segundo Silvio Sales, coordenador de Indústria do IBGE, o refino de petróleo se recuperou de fracos desempenhos em meses anteriores. Já o setor de alimentos sofre com o desempenho mais fraco da produção de açúcar, que cedeu espaço para o álcool nas usinas.
Para o economista Sérgio Vale, da MB Associados, já era esperado um "crescimento forte em junho" por causa do aquecimento do mercado interno. A boa notícia, diz, é a "diversificação" de setores com desempenho positivo -81,6% cresceram, contra média de 56% em 2006.
Sales disse que parte do forte crescimento na comparação anual pode ser explicada pela base fraca em junho de 2006 por causa da Copa do Mundo, que paralisou linhas de produção em dias de jogos do Brasil. Mas tal fator não é relevante, diz, pois o crescimento ficou em 6% ante junho de 2005.


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