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Manutenção de carro leva até 7% do orçamento familiar
Preços avançam 52,99% desde 2001, ante 53,84% de índice do consumidor da FGV
Custos com pedágio e derivados de petróleo foram os principais vilões da "inflação do automóvel",
apontam dados da FGV
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Manter e conservar o automóvel ficou 52,99% mais caro
de janeiro de 2001 até o final do
primeiro semestre de 2007
-percentual pouco abaixo da
inflação média do período
(53,84%), segundo dados do
IPC-DI (Índice de Preços ao
Consumidor - Disponibilidade
Interna), da FGV (Fundação
Getulio Vargas).
As famílias gastaram, em média, de 6,5% a 7% do seu orçamento com despesas com veículos no período, excluindo os
gastos com a compra de carros
novos ou usados.
Apesar de a "inflação do carro" ter se mantido comportada,
alguns itens tiveram aumentos
expressivos, como bateria
(115,27%), pneus (98,72%) e
óleo lubrificante (96,59%) -os
dois últimos sob influência do
aumento dos preços do petróleo.
Os pedágios das rodovias
também "foram grandes vilões
para o motorista", segundo a
FGV. A alta acumulada foi de
82,52%.
Combustíveis
O óleo diesel também teve
uma alta expressiva (135,80%),
mas seu peso para o consumidor final é muito pequeno. O
combustível é usado prioritariamente na indústria e em frotas de veículos pesados.
A FGV considerou no levantamento 14 produtos e serviços
destinados aos veículos, pesquisados mensalmente no IPC.
De acordo com André Braz,
coordenador da pesquisa de índice de preços da FGV, o aumento dos itens relacionados
aos veículos ficou comportado
e até um pouco abaixo da inflação em razão principalmente
dos aumentos menores da gasolina e do álcool.
A gasolina subiu 53,41% de
2001 até o primeiro semestre
deste ano. O álcool teve alta
acumulada de 47,46%. Os dois
produtos são os de maior peso
entre os gastos com automóveis no orçamento das famílias
-3,37% no caso da gasolina e
0,44% no do álcool.
De acordo com Braz, o fato de
a Petrobras evitar repasses automáticos das oscilações do
preço internacional e buscar
um alinhamento no longo prazo ajudou a conter os aumentos
da gasolina, cujos preços "tiveram um comportamento muito
bom".
Também subiram menos que
a inflação média os serviços utilizados pelos motoristas, como
estacionamento e garagem
(29,34%), lavagem e lubrificação (36,47%) e reparos
(44,13%).
"Os serviços têm seus preços
regulados de um modo diferente. Não sobem como os produtos industriais. Estão mais
atrelados à concorrência e à
renda. Se subirem muito, a empresa perde o cliente", diz Braz.
As peças e acessórios para reposição também subiram menos do que a média -26,16%.
Já o seguro do veículo ficou acima do IPC, com alta de 54,28%
desde 2001.
Variação em 2007
No primeiro semestre deste
ano, os itens ligados aos veículos subiram 0,49%. O IPC teve
uma alta mais forte: 2,51%.
Os principais aumentos foram de gás natural veicular
(8,44%), estacionamento e garagem (4,71%) e álcool combustível (4,71%).
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