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Em moratória, Nigéria atrai US$ 1 bi para gasoduto
DOS ENVIADOS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
A declaração de moratória pode não significar perda de investimentos, ao menos na indústria do petróleo. O governo da Nigéria, que na semana passada anunciou
a suspensão do pagamento da dívida externa, pretende completar
até 2005 a construção de um gasoduto que atravessará três países
africanos.
Segundo Tunde Ogunnaike, dirigente da subsidiária da Shell na
Nigéria, o gasoduto deve atrair
cerca de US$ 1 bilhão em investimento. A Shell assumirá 10% do
custo e o resto será rateado entre o
governo nigeriano e outras empresas sediadas no país.
"Aos investidores não interessa
saber se o país está em "default" ou
não. Eles querem receber o produto. Se tiverem certeza de que receberão o produto, não faltará o
capital", afirmou.
Na Nigéria, a renda da indústria
de petróleo representa 40% do
Produto Interno Bruto, que em
2001, foi US$ 60 bilhões. Das reservas de petróleo conhecidas no
mundo, 25% estão no país.
Maior mercado de gás natural
na América Latina, a Argentina
registra, apesar da pior crise de toda a sua história, um crescimento
na demanda por esse produto de
15% ao ano. O setor, no entanto,
somente consegue aumentar sua
produção em 4%.
Por esse motivo, empresas como a francesa TotalFinaElf demonstram interesse em investir
no país. " Em relação aos demais
países do Mercosul, a Argentina
está melhor tanto em relação ao
consumo do produto, quanto à
regulamentação do setor", disse
Pierre Offant, executivo da Elf.
"Esse é o momento para entrar
e investir na Argentina. Apesar de
toda a confusão política, o setor é
totalmente desregulamentado e o
potencial de produção já é conhecido. O governo não precisa fazer
nada. É só não querer tomar atitude intervencionista", disse Francisco Pullit, da empresa de consultoria Pluspetrol.
Segundo especialistas, as reservas de gás argentinas correspondem a 37 trilhões de pés cúbicos. O Brasil tem oito trilhões de pés cúbicos de reservas. (PS, CC e JAD).
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