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Semana será "balizada" por novos índices de inflação
Mercado também aguarda
dados da economia dos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana começa em ritmo
mais fraco, com o feriado pelo
Dia do Trabalho nos Estados
Unidos, hoje. Apenas na quarta-feira haverá eventos econômicos relevantes, com força para mexer com o mercado.
No Brasil, na quarta-feira haverá divulgação de importantes
índices de inflação. Além do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), será conhecido
o IGP-DI de agosto.
O IPCA é o índice de preços
que o governo utiliza para monitorar sua meta de inflação. Se
esse indicador se mantiver
dentro do esperado, é mais forte a probabilidade de o Copom
(Comitê de Política Monetária)
dar continuidade ao processo
de redução da taxa básica de juros.
Também na quarta-feira, será apresentado o Livro Bege
nos Estados Unidos. O Livro
Bege é uma compilação periódica feita pelo Federal Reserve
(o banco central dos EUA) com
informações sobre a economia
norte-americana.
Esse documento é importante para os investidores e analistas terem uma visão mais ampla sobre como "anda" a maior
economia do mundo. O Livro
Bege pode fortalecer a expectativa de que o Fed tem chances
de manter os juros básicos
americanos em patamar de
5,25% até o fim deste ano.
Luiz Antonio Vaz das Neves,
diretor da corretora Planner,
espera que o Livro Bege "indique que o Fomc [o comitê do
Fed que define os juros] deve
manter ainda sem elevação a
taxa básica do país". Com isso,
Neves diz esperar, tanto no
Brasil como no exterior, que
"os mercados de ações tenham
uma semana positiva".
Após o feriado pelo Dia da Independência (quinta-feira),
que fechará o mercado financeiro doméstico, o BC (Banco
Central) vai divulgar, na sexta,
a ata da reunião do Copom.
Surpresa
Na semana passada, o Copom surpreendeu parte do
mercado financeiro e cortou a
taxa básica de juros (a Selic) de
14,75% para 14,25% anuais.
Muitos analistas esperavam
que a Selic caísse para 14,50%.
A ata trará explicações sobre
os motivos que levaram os integrantes do comitê a decidirem
reduzir a taxa básica em 0,50
ponto percentual.
Para o fim deste ano, a projeção média do mercado, segundo a última pesquisa semanal
divulgada pela autoridade monetária, é a de que a taxa Selic
estará em 14%.
"A agenda econômica da semana é um pouco fraca, e os
mercados ainda contam com
dois feriados, nos EUA na segunda-feira [hoje] e no Brasil
na quinta. No entanto o Livro
Bege e a ata do Copom podem
causar algum impacto nas Bolsas", avalia a Link Corretora.
Apesar de o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do segundo trimestre ter decepcionado o mercado, ficando mais
fraco do que o esperado, a Bolsa
de Valores de São Paulo teve
uma sexta-feira de forte alta
(3,03%). Na semana, a Bovespa
registrou ganho de 3,82%.
Taxas menores
Os juros futuros recuaram
em todos os contratos DI (Depósito Interfinanceiro) na semana passada nos pregões da
BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros).
A queda da taxa Selic acima
do esperado por parte do mercado favoreceu a queda das
projeções dos contratos DI.
No contrato mais negociado,
que vence em janeiro de 2008,
a taxa de juros saiu de 14,28%
na segunda-feira para 13,90%
no pregão de sexta.
No DI que vence na virada do
ano -e projeta a Selic para o
fim de 2006-, a taxa de juros
recuou de 14,22% para 13,96%
anuais no período.
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