São Paulo, sexta-feira, 04 de setembro de 2009

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Planalto quer evitar "risco eleitoral"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo Lula tem "pressa" na votação do marco regulatório do pré-sal por dois motivos: quer evitar o risco eleitoral, diante da avaliação de que, se a votação ficar para 2010, ela não irá acontecer na atual administração, e fazer a unitização (o compartilhamento das reservas de petróleo entre duas áreas de concessão distintas) das regiões vizinhas aos campos já concedidos.
"No ano que vem, todos os deputados e pelo menos dois terços do Senado vão estar envolvidos nas suas eleições. Vão ficar em Brasília para votar essa lei? Nem pensar", disse o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
O ministro lembra ainda que o governo está preocupado com a unitização. "Temos pressa em resolver isso porque as empresas podem começar a sugar petróleo da União." O temor do governo é que campos já concedidos na área do pré-sal se comuniquem com outros, ainda não concedidos, que pertencem à União.
O ministro não crê que uma eventual demora na aprovação do modelo prejudique a produção. "Distribuímos 30% do pré-sal. Se não explorar, em alguns anos tem de devolver".
Lobão diz que neste ano poderá haver nova licitação de áreas, mas fora do pré-sal: em terra ou em águas rasas, em que vale o regime de concessão.


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