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EVITANDO RISCOS
Companhia alega prejuízos com as associadas na região
Telefónica de España deverá diminuir investimentos na AL
das agências internacionais
O presidente da Telefónica de
España, Juan Villalonga, disse
ontem que vai esperar até que a
instabilidade na América Latina
acabe para assumir mais riscos
na região. "Não vamos aumentar as nossas posições de risco
na América Latina", disse Villalonga, em uma teleconferência
com investidores da Bolsa de
Madri.
No caso brasileiro, "o pico de
investimentos ocorreu no ano
passado, com a compra da Telesp", disse Villalonga.
O anúncio foi feito dias depois
de a empresa ter divulgado seu
balanço do primeiro semestre.
Nos seis primeiros meses do
ano, a companhia apresentou
lucro 73% superior ao ano passado.
No entanto, as empresas associadas na América Latina registraram queda de 37,1% nos lucros.
A multinacional espanhola
alega ter sido bastante afetada
pela desvalorização do real em
janeiro e a recuperação lenta da
região.
O presidente da companhia
anunciou também que vai diminuir o volume de investimentos
nos setores de telefonia fixa e
móvel para tentar enxugar a dívida de US$ 12,7 bilhões que a
empresa acumulou até o final
do primeiro semestre.
A assessoria de imprensa da
Telefônica no Brasil informou,
porém, que o investimento de
R$ 3,5 bilhões previsto para este
ano não será afetado.
A empresa já investiu R$ 7,4
bilhões no país em suas participações nas privatizações das
empresas de telefonia.
Durante a reunião com os investidores, Villalonga anunciou
que até o final do ano estará
pronta a Bolsa Telefónica Interativa, o braço da empresa que
agrupará atividades em Internet.
As ações da companhia tiveram valorização de 3,7% ontem
com a notícia de que a Telefónica vai começar também a se desfazer de uma de suas subsidiárias -a Telefónica Media- em
seis meses. Impulsionada pelos
ganhos da empresa, a Bolsa de
Madri subiu 2,57%.
A valorização das ações da
empresa se acentuou depois que
a consultoria internacional Lehman Brothers, que assessorou a
Telefónica na privatização da
Telebrás, apresentou um relatório mantendo sua recomendação para comprar os papéis da
empresa.
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