DA REPORTAGEM LOCAL

A perspectiva de divulgação do edital de privatização do Banespa ainda hoje deu impulso às ações do banco na Bovespa, que terminaram com alta de 6,7%.
No início da noite de ontem foi divulgada a informação de que o edital de venda do Banespa seria publicado no "Diário Oficial" da União de hoje. Analistas disseram que se a publicação do edital não fosse confirmada, as ações do Banespa deveriam despencar no pregão de hoje.
A alta das preferenciais do Banespa ajudou a segurar a Bovespa, que subiu 0,47% ontem, e, segundo analistas, não fechou em baixa "por falta de tempo".
A Bovespa registrou alta durante todo o pregão, chegando a subir 2,30%. Mas depois da queda da Nasdaq (Bolsa eletrônica que reúne as ações da nova economia) no final da tarde -que terminou o dia em baixa de 3,17%- a Bovespa também começou a cair.
"Ainda dependemos do mercado externo. Na medida em que a Nasdaq começou a cair, nós seguimos", afirma Luiz Antônio Vaz das Neves, da corretora Planner.
Os rumores no final da manhã de que a agência Standard & Poor's teria decidido aumentar a classificação de risco do Brasil chegou a movimentar a Bolsa de Valores de São Paulo. Mas, como logo foram desmentidos, não conseguiram dar fôlego à Bolsa, que continua com fraco volume, e terminou o dia com giro financeiro de R$ 431,756 milhões.
A forte queda da Nasdaq ajudou a derrubar as ações do setor de telecomunicações. "Quando a perda é forte na Nasdaq, o peso cai sobre esse setor por aqui", segundo Vaz das Neves.
Entre as maiores desvalorizações do dia ficaram as preferenciais da Tele Celular Sul (5,3%), as preferenciais da Tele Nordeste Celular (5%) e as preferenciais da Telerj (3,65%).
O papel mais negociado do dia foi Telemar PN, com 13,4% de participação no pregão, que resistiu à Nasdaq e terminou cotado com alta de 1,22%.
O Ibovespa futuro de outubro, negociado na BM&F, também registrou pequena valorização e fechou com 15.733 pontos, alta de 0,17%. Foram negociados 37.225 contratos, com volume de R$ 1,77 bilhão.
(FABRICIO VIEIRA)


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