São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Com volume reduzido, moeda dos EUA vai a R$ 3,70; risco-país cai mais 5,7% e atinge 2.030 pontos

Dólar oscila forte e fecha em alta de 0,95%

DA REPORTAGEM LOCAL

A cotação do dólar teve mais um dia de sobe-e-desce ontem. A moeda norte-americana variou de queda de 0,65% a alta de 2,26% e encerrou o dia com valorização de 0,95%, a R$ 3,70.
Na semana, o dólar acumula queda de 4,6%.
O risco-país, calculado pelo banco JP Morgan, caiu 5,7%, para 2.030 pontos. Desde a sexta-feira, o indicador já caiu 17%.
Mais uma vez, não houve um fator novo a influenciar as negociações. O volume de negócios continua reduzido e ditado pelas tesourarias dos bancos.
Alguns operadores arriscam dizer que há uma certa procura por dólares por parte de empresas que têm dívidas vencendo neste mês. Mas a maioria deles atribuiu a volatilidade atual à proximidade das eleições.
O mercado avaliou que a última pesquisa Datafolha trouxe, em sua visão, ao menos um alívio: o distanciamento entre José Serra (PSDB), que se firmou em segundo lugar, e Anthony Garotinho (PSB). O mercado cambial ainda não está certo de que haverá um segundo turno e pondera uma possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo.
Alguns analistas afirmaram que os investidores do mercado de ações já incorporaram o segundo turno. A avaliação foi feita a partir da alta de 3,62% da Bolsa de Valores de São Paulo ontem, na contramão de outros mercados.
O debate promovido pela Rede Globo na noite de ontem era considerado fundamental pelo mercado -o desempenho dos candidatos ou alguma surpresa poderiam ser decisivos para a existência de um segundo turno para presidente.
Ainda assim, a avaliação da maioria dos analistas é que, hoje, o dia deverá ser tenso para os negócios. Como a eleição é domingo, pode haver uma procura por dólares por investidores que queiram buscar a proteção de um ativo real, por conta da indefinição do resultado do pleito.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dólar futuro voltou a fechar abaixo da cotação do mercado à vista. O contrato para novembro caiu 0,15% e fechou a R$ 3,586.
As projeções para os juros acompanharam a alta do dólar comercial. Os contratos para janeiro de 2003, os que concentram a maior liquidez, passaram de 20,72% para 20,91%.


Texto Anterior: Subsidiária da Embraer vai testar avião a álcool
Próximo Texto: O Vaivém das Commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.