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MERCADO FINANCEIRO
Com volume reduzido, moeda dos EUA vai a R$ 3,70; risco-país cai mais 5,7% e atinge 2.030 pontos
Dólar oscila forte e fecha em alta de 0,95%
DA REPORTAGEM LOCAL
A cotação do dólar teve mais
um dia de sobe-e-desce ontem. A
moeda norte-americana variou
de queda de 0,65% a alta de 2,26%
e encerrou o dia com valorização
de 0,95%, a R$ 3,70.
Na semana, o dólar acumula
queda de 4,6%.
O risco-país, calculado pelo
banco JP Morgan, caiu 5,7%, para
2.030 pontos. Desde a sexta-feira,
o indicador já caiu 17%.
Mais uma vez, não houve um fator novo a influenciar as negociações. O volume de negócios continua reduzido e ditado pelas tesourarias dos bancos.
Alguns operadores arriscam dizer que há uma certa procura por
dólares por parte de empresas
que têm dívidas vencendo neste
mês. Mas a maioria deles atribuiu
a volatilidade atual à proximidade
das eleições.
O mercado avaliou que a última
pesquisa Datafolha trouxe, em
sua visão, ao menos um alívio: o
distanciamento entre José Serra
(PSDB), que se firmou em segundo lugar, e Anthony Garotinho
(PSB). O mercado cambial ainda
não está certo de que haverá um
segundo turno e pondera uma
possível vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo.
Alguns analistas afirmaram que
os investidores do mercado de
ações já incorporaram o segundo
turno. A avaliação foi feita a partir
da alta de 3,62% da Bolsa de Valores de São Paulo ontem, na contramão de outros mercados.
O debate promovido pela Rede
Globo na noite de ontem era considerado fundamental pelo mercado -o desempenho dos candidatos ou alguma surpresa poderiam ser decisivos para a existência de um segundo turno para
presidente.
Ainda assim, a avaliação da
maioria dos analistas é que, hoje,
o dia deverá ser tenso para os negócios. Como a eleição é domingo, pode haver uma procura por
dólares por investidores que queiram buscar a proteção de um ativo real, por conta da indefinição
do resultado do pleito.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dólar futuro
voltou a fechar abaixo da cotação
do mercado à vista. O contrato
para novembro caiu 0,15% e fechou a R$ 3,586.
As projeções para os juros
acompanharam a alta do dólar
comercial. Os contratos para janeiro de 2003, os que concentram
a maior liquidez, passaram de 20,72% para 20,91%.
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