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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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DINHEIRO NO BOLSO

Licitação das centrais sindicais para novo empréstimo seleciona 19 bancos e taxa mínima de 1,78%

Crédito em folha terá juro máximo de 4%

FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

Cerca de 27 milhões de trabalhadores brasileiros com carteira assinada poderão tomar empréstimos com desconto em folha de pagamento com juros que variam de 1,78% a 4% ao mês, segundo anunciado ontem. Os valores dependem do banco, do perfil do cliente e do prazo de pagamento.
Os juros não haviam sido definidos quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou essa nova modalidade de empréstimo, há três semanas.
Inicialmente, os juros de 1,78% a 4%, considerados abaixo da média de mercado, serão oferecidos apenas por 19 bancos no país.
Outras 33 instituições financeiras interessadas em oferecer esse tipo de empréstimo não poderão fazê-lo em um primeiro momento porque foram eliminadas na seleção promovida pelas principais centrais sindicais brasileiras e pela Trevisan Consultoria.
Esse grupo propôs cobrar juros superiores aos limites aceitos na seleção: taxa máxima de 4% e taxa mínima superior a 3%.
Segundo a Trevisan, os 19 bancos qualificados deverão começar a oferecer crédito com desconto em folha dentro de 15 dias.
A consultoria não divulgou as taxas propostas pelos bancos. Informou apenas que a Caixa Econômica Federal foi a instituição que ofereceu os menores juros mensais, entre 1,78% e 3,5%. Ainda haverá uma outra seleção.

Restrição
Concluída a segunda etapa, as centrais sindicais deverão fechar um acordo nacional com um ou mais bancos, que terão prioridade na concessão do crédito.
Segundo Marinho, a negociação nacional funcionará como uma espécie de "acordo guarda-chuva". "Esse acordo nacional servirá de base para a negociação regional feita pelos sindicatos."
Marinho disse que as centrais sindicais que participam da seleção dos bancos poderão negociar critérios diferenciados para o acordo nacional. No caso da CUT, ele orientará os sindicatos a negociarem o empréstimo só para os trabalhadores sindicalizados.
Já a Força Sindical não exigirá a sindicalização para o crédito.


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