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Telefônica diz que levar telefones fixos a todas as moradias é tarefa do Estado
DA ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
Embora evitassem confronto
com o ministro das Comunicações, as empresas de telefonia
responderam às críticas feitas
por Hélio Costa na abertura do
Futurecom. O presidente do
grupo Telefônica, Fernando
Xavier Ferreira, afirmou que
levar o telefone fixo a 100% das
moradias é responsabilidade
do governo. Disse que é para isso que as operadoras recolhem
1% de seu faturamento anual
para o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), criado na privatização da Telebrás.
Segundo Xavier Ferreira, o
Fust já arrecadou cerca de R$ 5
bilhões, mas o dinheiro não está sendo aplicado no que foi
proposto. Desde o governo de
FHC (1995-2002), quando foi
criado o fundo, os recursos são
usados pelo Tesouro para garantir o superávit primário.
O presidente da Telefônica
disse que o número de linhas fixas existentes no Estado de São
Paulo corresponde a um índice
de penetração de 33% que, segundo ele, está próximo ao de
Portugal (42%) e da Espanha
(47%). Alegou que a universalização da telefonia fixa é feita
não só pelo acesso individual
nas casas, mas por postos de
atendimento público e que todas as localidades com mais de
100 habitantes contam com um
ponto de acesso para ligações
locais e de longa distância.
As operadoras de telefonia
celular também reagiram às
críticas de Costa de que as concessionárias de telefonia fixa
transferem R$ 6 bilhões por
ano às operadoras móveis.
O presidente da TIM Brasil,
Mário Cesar Pereira de Araújo,
disse que o ministro manifestou uma posição pessoal e que
certamente mudará de opinião
quando receber o relatório dos
grupos de trabalho que, segundo Costa, serão formados para
estudar as mudanças que ele
pretende implementar.
(EL)
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