São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2006

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Telefônica diz que levar telefones fixos a todas as moradias é tarefa do Estado

DA ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Embora evitassem confronto com o ministro das Comunicações, as empresas de telefonia responderam às críticas feitas por Hélio Costa na abertura do Futurecom. O presidente do grupo Telefônica, Fernando Xavier Ferreira, afirmou que levar o telefone fixo a 100% das moradias é responsabilidade do governo. Disse que é para isso que as operadoras recolhem 1% de seu faturamento anual para o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), criado na privatização da Telebrás.
Segundo Xavier Ferreira, o Fust já arrecadou cerca de R$ 5 bilhões, mas o dinheiro não está sendo aplicado no que foi proposto. Desde o governo de FHC (1995-2002), quando foi criado o fundo, os recursos são usados pelo Tesouro para garantir o superávit primário.
O presidente da Telefônica disse que o número de linhas fixas existentes no Estado de São Paulo corresponde a um índice de penetração de 33% que, segundo ele, está próximo ao de Portugal (42%) e da Espanha (47%). Alegou que a universalização da telefonia fixa é feita não só pelo acesso individual nas casas, mas por postos de atendimento público e que todas as localidades com mais de 100 habitantes contam com um ponto de acesso para ligações locais e de longa distância.
As operadoras de telefonia celular também reagiram às críticas de Costa de que as concessionárias de telefonia fixa transferem R$ 6 bilhões por ano às operadoras móveis.
O presidente da TIM Brasil, Mário Cesar Pereira de Araújo, disse que o ministro manifestou uma posição pessoal e que certamente mudará de opinião quando receber o relatório dos grupos de trabalho que, segundo Costa, serão formados para estudar as mudanças que ele pretende implementar. (EL)


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