São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Fluxo de capital externo fica negativo pela 1ª vez, mas saldo do ano é positivo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O fluxo de capital externo para o Brasil ficou negativo pela primeira vez no ano em setembro, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. A saída de recursos foi pequena, de US$ 3 milhões, mas ficou bem distante dos saldos positivos bilionários registrados de janeiro para cá.
As perdas foram maiores nas chamadas operações financeiras, que incluem investimentos estrangeiros, empréstimos e operações no mercado financeiro. O segmento, que foi o mais afetado pela crise das últimas semanas, ficou negativo em US$ 1,983 bilhão.
No fim de agosto, preocupações com o aumento da inadimplência nos financiamentos imobiliários dos Estados Unidos -e seus possíveis impactos sobre o ritmo de crescimento da economia norte-americana- derrubaram os mercados do mundo inteiro.

Bolsa
No Brasil, houve saída de investidores estrangeiros da Bolsa e de outras aplicações financeiras. Entre os dias 1º e 19 de setembro, o fluxo de divisas ficou negativo em US$ 1,044 bilhão. Só as operações financeiras responderam pela saída de US$ 2,823 bilhões, sendo compensadas pelo resultado positivo da balança comercial.
Nos últimos dias do mês o movimento se inverteu, e o saldo ficou próximo de zero. No ano, o ingresso de dólares no país continua positivo em US$ 70,056 bilhões -88% a mais do que no mesmo período do ano passado. Do total, US$ 60,271 bilhões se referem a operações de comércio exterior, e o restante, a transações financeiras.
O economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini, diz que, passada as turbulências de setembro, a tendência é que o fluxo de dólares para o Brasil volte a ser positivo, o que deve puxar para baixo a cotação da moeda dos EUA. "Já houve um abrandamento dessa crise."


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