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Fluxo de capital externo fica negativo pela 1ª vez, mas saldo do ano é positivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O fluxo de capital externo para o Brasil ficou negativo pela
primeira vez no ano em setembro, segundo dados divulgados
ontem pelo Banco Central. A
saída de recursos foi pequena,
de US$ 3 milhões, mas ficou
bem distante dos saldos positivos bilionários registrados de
janeiro para cá.
As perdas foram maiores nas
chamadas operações financeiras, que incluem investimentos
estrangeiros, empréstimos e
operações no mercado financeiro. O segmento, que foi o
mais afetado pela crise das últimas semanas, ficou negativo
em US$ 1,983 bilhão.
No fim de agosto, preocupações com o aumento da inadimplência nos financiamentos
imobiliários dos Estados Unidos -e seus possíveis impactos
sobre o ritmo de crescimento
da economia norte-americana- derrubaram os mercados
do mundo inteiro.
Bolsa
No Brasil, houve saída de investidores estrangeiros da Bolsa e de outras aplicações financeiras. Entre os dias 1º e 19 de
setembro, o fluxo de divisas ficou negativo em US$ 1,044 bilhão. Só as operações financeiras responderam pela saída de
US$ 2,823 bilhões, sendo compensadas pelo resultado positivo da balança comercial.
Nos últimos dias do mês o
movimento se inverteu, e o saldo ficou próximo de zero. No
ano, o ingresso de dólares no
país continua positivo em US$
70,056 bilhões -88% a mais do
que no mesmo período do ano
passado. Do total, US$ 60,271
bilhões se referem a operações
de comércio exterior, e o restante, a transações financeiras.
O economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini, diz
que, passada as turbulências de
setembro, a tendência é que o
fluxo de dólares para o Brasil
volte a ser positivo, o que deve
puxar para baixo a cotação da
moeda dos EUA. "Já houve um
abrandamento dessa crise."
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