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Previ prepara entrada em novas áreas para investir
Fundo bate recordes de crescimento e busca alternativas para diversificar
Área imobiliária, fundos de
investimento e até mesmo
ativos no exterior figuram
entre possíveis áreas de
atuação no longo prazo
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Previ, fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil, fechou o primeiro semestre
do ano com R$ 116 bilhões em
recursos investidos e lucro de
R$ 8,6 bilhões. Desde 2003, o
superávit acumulado é de
R$ 43,4 bilhões. Entre 2002 e
2007, o patrimônio do fundo
aumentou 168%, crescendo à
taxa média anual de 21,7%.
Para manter a trajetória, o
fundo está começando a prospectar novas estratégias de investimento e ampliando algumas das que mantém atualmente. "O segmento imobiliário merece ser olhado com mais
atenção, já que houve uma mudança de patamar nesse tipo de
negócio", afirmou Sérgio Rosa,
presidente da Previ, a analistas
da Apimec (Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais). "Houve a entrada de diversos grupos internacionais, algumas empresas foram ao
mercado e começa a haver um
movimento de práticas de governança corporativa que tornam o setor mais interessante."
Hoje, apenas 2,5% dos recursos do fundo estão no setor, em
shopping centers, imóveis para
locação e hotelaria. Apesar de
dizer que a Previ deverá olhar
mais de perto a área imobiliária, Rosa fez questão de ressaltar que não há nenhuma aquisição prevista para o curto prazo.
Outra alternativa para investimentos a longo prazo são ativos -empresas ou fundos- no
exterior. "No momento, o melhor lugar para investir é no
Brasil", diz Rosa. "Mas no futuro cogitamos ir para o exterior
porque é importante ter acesso
ao mercado internacional como experiência e para avaliar
nosso desempenho no Brasil."
Segundo ele, também não
existe mais a necessidade de
destinar os investimentos dos
fundos de pensão brasileiros
exclusivamente às empresas
nacionais, uma vez que o acesso
ao capital internacional é cada
vez mais fácil. Além disso, com
o crescimento do patrimônio, o
executivo afirma ser importante participar de um ambiente
de negócios mais amplo.
A Previ está finalizando as
análises para investir em fundos de "venture capital" (para
desenvolvimento de novas empresas) e "private equity" (de
participação em empresas de
capital fechado). Em 2006, a
Previ investiu R$ 170 milhões
em fundos ligados a projetos de
infra-estrutura e tecnologia.
Neste ano, mais de 30 fundos
participam da seleção.
"A área de infra-estrutura é
altamente atrativa, já que há
demanda crescente e restrição
de oferta, o que tende a gerar
oportunidades de investimento", afirma Rosa. De acordo
com ele, a Previ só não participa de PPPs (Parcerias Público-Privadas) porque os projetos
não foram lançados.
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