São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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Previ prepara entrada em novas áreas para investir

Fundo bate recordes de crescimento e busca alternativas para diversificar

Área imobiliária, fundos de investimento e até mesmo ativos no exterior figuram entre possíveis áreas de atuação no longo prazo

CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, fechou o primeiro semestre do ano com R$ 116 bilhões em recursos investidos e lucro de R$ 8,6 bilhões. Desde 2003, o superávit acumulado é de R$ 43,4 bilhões. Entre 2002 e 2007, o patrimônio do fundo aumentou 168%, crescendo à taxa média anual de 21,7%.
Para manter a trajetória, o fundo está começando a prospectar novas estratégias de investimento e ampliando algumas das que mantém atualmente. "O segmento imobiliário merece ser olhado com mais atenção, já que houve uma mudança de patamar nesse tipo de negócio", afirmou Sérgio Rosa, presidente da Previ, a analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais). "Houve a entrada de diversos grupos internacionais, algumas empresas foram ao mercado e começa a haver um movimento de práticas de governança corporativa que tornam o setor mais interessante."
Hoje, apenas 2,5% dos recursos do fundo estão no setor, em shopping centers, imóveis para locação e hotelaria. Apesar de dizer que a Previ deverá olhar mais de perto a área imobiliária, Rosa fez questão de ressaltar que não há nenhuma aquisição prevista para o curto prazo.
Outra alternativa para investimentos a longo prazo são ativos -empresas ou fundos- no exterior. "No momento, o melhor lugar para investir é no Brasil", diz Rosa. "Mas no futuro cogitamos ir para o exterior porque é importante ter acesso ao mercado internacional como experiência e para avaliar nosso desempenho no Brasil."
Segundo ele, também não existe mais a necessidade de destinar os investimentos dos fundos de pensão brasileiros exclusivamente às empresas nacionais, uma vez que o acesso ao capital internacional é cada vez mais fácil. Além disso, com o crescimento do patrimônio, o executivo afirma ser importante participar de um ambiente de negócios mais amplo.
A Previ está finalizando as análises para investir em fundos de "venture capital" (para desenvolvimento de novas empresas) e "private equity" (de participação em empresas de capital fechado). Em 2006, a Previ investiu R$ 170 milhões em fundos ligados a projetos de infra-estrutura e tecnologia. Neste ano, mais de 30 fundos participam da seleção.
"A área de infra-estrutura é altamente atrativa, já que há demanda crescente e restrição de oferta, o que tende a gerar oportunidades de investimento", afirma Rosa. De acordo com ele, a Previ só não participa de PPPs (Parcerias Público-Privadas) porque os projetos não foram lançados.


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