São Paulo, quinta, 4 de dezembro de 1997.




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BANCOS
Estruturas das instituições vão permanecer separadas; agências não serão fechadas
Bradesco conclui a compra do BCN

VANESSA ADACHI
da Reportagem Local

O Bradesco sacramentou na última terça-feira a aquisição do controle do BCN (Banco de Crédito Nacional) e a partir de hoje todos os 340 mil clientes do BCN já poderão utilizar os terminais de auto-atendimento do Bradesco (ATMs).
Futuramente, os clientes do Bradesco também poderão usar os terminais do BCN.
Apesar dessa integração de serviços, o Bradesco decidiu manter a estrutura dos bancos separadas. "Bradesco, BCN e Credireal serão três bancos independentes", diz o vice-presidente do Bradesco, Dorival Bianchi.
Os dois bancos negociavam há cerca de 40 dias. Nas últimas semanas, os auditores da Price Waterhouse analisaram as contas do BCN. O Bradesco adquiriu 93,9% das ações ordinárias (com direito a voto) do BCN, ou 53% do capital total.
Essa participação estava nas mãos de cerca de 50 acionistas, principalmente membros das famílias Conde e Grisi.
O valor da transação não foi revelado. Na ocasião em que as negociações foram divulgadas, estimou-se que o Bradesco poderia desembolsar R$ 1 bilhão.
Segundo Bianchi, o Bradesco optou por manter separadas as estruturas dos bancos porque "o BCN tem um bom quadro de profissionais e uma clientela segmentada".
"Enquanto o Bradesco atua mais no varejão, o BCN tem segmentos de private e corporate banking e também uma plataforma que atende pequenas e médias empresas. Queremos manter essas estruturas porque nós não temos", diz Bianchi.
O Bradesco também não tem planos de fechar agências do BCN. "Como manteremos a segmentação de clientes, não haverá sobreposição de agências", diz Bianchi.
Já no final de 97 o Bradesco deve publicar um balanço consolidado do conglomerado. O ativo consolidado subirá de R$ 47 bilhões para R$ 62 bilhões.
O Bradesco escolherá um novo presidente para o BCN e Pedro Conde, o atual, será membro do conselho de administração.
De acordo com Bianchi, hoje o Bradesco deverá participar do leilão de privatização do Meridional, condição que teria sido imposta pelo Banco Central para que a aquisição do BCN fosse concretizada. Bianchi nega a informação.



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