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BANCOS
Estruturas das instituições vão permanecer separadas; agências não serão fechadas
Bradesco conclui a compra do BCN
VANESSA ADACHI
da Reportagem Local
O Bradesco sacramentou na última terça-feira a aquisição do controle do BCN (Banco de Crédito
Nacional) e a partir de hoje todos
os 340 mil clientes do BCN já poderão utilizar os terminais de auto-atendimento do Bradesco (ATMs).
Futuramente, os clientes do Bradesco também poderão usar os
terminais do BCN.
Apesar dessa integração de serviços, o Bradesco decidiu manter a
estrutura dos bancos separadas.
"Bradesco, BCN e Credireal serão
três bancos independentes", diz o
vice-presidente do Bradesco, Dorival Bianchi.
Os dois bancos negociavam há
cerca de 40 dias. Nas últimas semanas, os auditores da Price Waterhouse analisaram as contas do
BCN. O Bradesco adquiriu 93,9%
das ações ordinárias (com direito a
voto) do BCN, ou 53% do capital
total.
Essa participação estava nas
mãos de cerca de 50 acionistas,
principalmente membros das famílias Conde e Grisi.
O valor da transação não foi revelado. Na ocasião em que as negociações foram divulgadas, estimou-se que o Bradesco poderia
desembolsar R$ 1 bilhão.
Segundo Bianchi, o Bradesco
optou por manter separadas as estruturas dos bancos porque "o
BCN tem um bom quadro de profissionais e uma clientela segmentada".
"Enquanto o Bradesco atua
mais no varejão, o BCN tem segmentos de private e corporate
banking e também uma plataforma que atende pequenas e médias
empresas. Queremos manter essas
estruturas porque nós não temos",
diz Bianchi.
O Bradesco também não tem
planos de fechar agências do BCN.
"Como manteremos a segmentação de clientes, não haverá sobreposição de agências", diz Bianchi.
Já no final de 97 o Bradesco deve
publicar um balanço consolidado
do conglomerado. O ativo consolidado subirá de R$ 47 bilhões para
R$ 62 bilhões.
O Bradesco escolherá um novo
presidente para o BCN e Pedro
Conde, o atual, será membro do
conselho de administração.
De acordo com Bianchi, hoje o
Bradesco deverá participar do leilão de privatização do Meridional,
condição que teria sido imposta
pelo Banco Central para que a
aquisição do BCN fosse concretizada. Bianchi nega a informação.
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