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PECUÁRIA
Exames em 28 cabeças de gado deram negativo
Ministério da Agricultura diz que não há foco de febre aftosa em MS
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O Ministério da Agricultura informou que exames feitos em laboratório de referência no Pará
descartaram foco de febre aftosa
em uma fazenda de Paranhos (512
km de Campo Grande), na fronteira com o Paraguai, em Mato
Grosso do Sul.
As análises foram realizadas em
amostras de 28 cabeças de gado
da propriedade.
A suspeita de aftosa veio à tona
no dia 22 de dezembro, após o secretário da Produção e do Turismo de Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira, confirmar que
exames feitos em dezembro deram positivo para 28 animais.
A Iagro (Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal) advertia, porém, que era mais
provável que o teste estivesse
apontando apenas anticorpos da
doença, pois os animais tinham
sido vacinados contra a aftosa
poucos dias antes da coleta de
sangue para exame. Mesmo assim, a Iagro interditou e confinou,
além das 28 cabeças de gado, mais
27 animais, num total de 55.
Nogueira disse que enviou ao
laboratório no dia 21 de dezembro as amostras do líquido retirado da laringe dos animais.
Foram feitas três análises no
material. O Ministério da Agricultura deve divulgar hoje oficialmente que os exames, considerados definitivos e sem contestação,
deram negativo.
Mato Grosso do Sul tem um rebanho de 25 milhões de cabeças
de gado e produz quase 50% da
carne brasileira exportada.
O dono da fazenda, Alaércio
Meira, negou que os animais tivessem a doença ou fossem contrabandeados do Paraguai, como
investiga a Polícia Militar de Mato
Grosso do Sul.
Na mesma época, a vigilância
sanitária do Paraguai entregou à
Iagro laudos que atestam vacinação contra aftosa em duas fazendas de Meira localizadas em território paraguaio.
Mesmo com a doença descartada, Nogueira afirma que pretende
manter a interdição da fazenda e
entregar o gado para a Polícia Militar investigar a suspeita de contrabando.
Repercussão
Em nota divulgada à imprensa
em dezembro, o Ministério da
Agricultura considerou precipitada a divulgação pelo governo de
Mato Grosso do Sul da suspeita de
foco de aftosa.
Nogueira afirmou ontem que o
governo "estava escondendo há
30 dias o caso", mas a informação
"vazou" quando foram enviadas
as últimas amostras ao laboratório do Pará. "Estou investigando a
responsabilidade disso", disse.
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