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CASO MARGEN
Empresa readmite 10.500 funcionários
Frigorífico volta a funcionar após Justiça revogar prisão de diretores
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Com a readmissão de 10.500
funcionários que tinham sido
mandados embora na semana
passada, o Frigorífico Margen
Ltda. anunciou que volta a funcionar amanhã. O objetivo é abater até 7.000 animais por dia.
A suspensão das demissões
ocorreu cinco dias após a Justiça
Federal de Mato Grosso do Sul revogar, em 29 de dezembro, as prisões de oito diretores do grupo.
Eles foram presos no dia 1º de
dezembro durante uma operação
da Polícia Federal. Desde então, o
Margen parou de funcionar. Os
diretores são acusados de usar o
frigorífico para sonegar impostos
e contribuições da Previdência
Social (no valor de R$ 145 milhões), formar quadrilha, corromper funcionários em órgãos
públicos e lavar dinheiro.
Anteontem, após uma reunião
no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, a empresa
anunciou que voltaria atrás na demissão dos funcionários.
Segundo a assessoria do ministério, o secretário-executivo e ministro interino, Alencar Ferreira,
pedirá à Casa Civil que faça uma
intermediação entre "as áreas do
governo envolvidas com o caso"
para "estabelecer diálogo".
Antes da revogação das prisões,
o Margen -que atua em oito Estados- tinha anunciado 11 mil
demissões. Decidiu manter cerca
de 500 delas devido à desativação
de quatro unidades.
Ontem, o advogado Ney Moura
Teles, que defende o Margen, voltou a negar que ameaças de demissão tenham sido usadas para
"pressionar a Justiça" a libertar os
diretores. Um dia antes de a Justiça Federal revogar as prisões, o diretor comercial havia dito à Folha
que o risco de demissões era um
dos argumentos para convencer a
Justiça a soltar os diretores.
(HC)
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