São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2005

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CASO MARGEN

Empresa readmite 10.500 funcionários

Frigorífico volta a funcionar após Justiça revogar prisão de diretores

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Com a readmissão de 10.500 funcionários que tinham sido mandados embora na semana passada, o Frigorífico Margen Ltda. anunciou que volta a funcionar amanhã. O objetivo é abater até 7.000 animais por dia.
A suspensão das demissões ocorreu cinco dias após a Justiça Federal de Mato Grosso do Sul revogar, em 29 de dezembro, as prisões de oito diretores do grupo.
Eles foram presos no dia 1º de dezembro durante uma operação da Polícia Federal. Desde então, o Margen parou de funcionar. Os diretores são acusados de usar o frigorífico para sonegar impostos e contribuições da Previdência Social (no valor de R$ 145 milhões), formar quadrilha, corromper funcionários em órgãos públicos e lavar dinheiro.
Anteontem, após uma reunião no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, a empresa anunciou que voltaria atrás na demissão dos funcionários.
Segundo a assessoria do ministério, o secretário-executivo e ministro interino, Alencar Ferreira, pedirá à Casa Civil que faça uma intermediação entre "as áreas do governo envolvidas com o caso" para "estabelecer diálogo".
Antes da revogação das prisões, o Margen -que atua em oito Estados- tinha anunciado 11 mil demissões. Decidiu manter cerca de 500 delas devido à desativação de quatro unidades.
Ontem, o advogado Ney Moura Teles, que defende o Margen, voltou a negar que ameaças de demissão tenham sido usadas para "pressionar a Justiça" a libertar os diretores. Um dia antes de a Justiça Federal revogar as prisões, o diretor comercial havia dito à Folha que o risco de demissões era um dos argumentos para convencer a Justiça a soltar os diretores. (HC)


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