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MERCOSUL
Por resina de PET, Argentina entra na OMC contra Brasil
DE BUENOS AIRES
Sem recorrer ao mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul, a o governo
argentino enviou à OMC
(Organização Mundial do
Comércio) cópias do procedimento de consulta ao Brasil sobre a sobretaxa na compra de resina para embalagens PET (usada em garrafas
de refrigerante) da Argentina. A OMC confirmou à Folha ter recebido os documentos em 26 de dezembro.
Trata-se de uma etapa preliminar à abertura de um painel -um comitê integrado
por três ou cinco especialistas que, se não houver acordo, decide quem tem razão.
As consultas duram 60 dias.
A Argentina entende que o
Brasil violou acordos da
OMC ao valer-se de "direitos
antidumping" para sobretaxar a resina importada do
país vizinho. Os "direitos antidumping" são alegados para proteger a indústria local
contra importados vendidos
a preço tão baixo a ponto de
gerar concorrência desleal.
No caso da PET, os protestos vieram sobretudo do grupo italiano Mossi & Ghisolfi, segundo maior produtor da
resina no mundo, que tem
três fábricas no Brasil.
Defesa brasileira
O Ministério das Relações
Exteriores afirmou vai preparar, nos próximos 60 dias,
a defesa do Brasil na OMC.
Segundo o Itamaraty, o governo considerou normal levar o caso diretamente para a
OMC antes de tentar resolver no Tribunal de Solução
de Controvérsia do Mercosul. Isso porque o bloco carece de uma legislação comum
para determinar como e
quando ocorre o dumping.
Quando determinou a
ocorrência do dumping, em
setembro de 2005, o Ministério do Desenvolvimento
concluiu que as exportações
argentinas do produto estavam chegando ao Brasil 20%
mais baratas do que o custo
de produção na Argentina no
período entre 1999 e 2003.
Colaborou CLÁUDIA DIANNI, da Sucursal de Brasília
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