São Paulo, sábado, 05 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VÔO DA ÁGUIA

Resultados da criação de vagas e de desemprego nos EUA são recebidos com otimismo em Wall Street

Dow Jones atinge o maior nível em 3 anos

DA REDAÇÃO

Os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 chegaram a seu maior nível em três anos e meio após a divulgação de dados de criação de vagas e do desemprego nos Estados Unidos, considerados positivos.
O Dow Jones subiu 107,52 pontos ontem (0,99%), e os três principais índices da Bolsa de Valores de Nova York tiveram alta nesta semana.
Investidores preocupados com a inflação e com a possibilidade de aumento na taxa de juros americana se acalmaram com o dado, já que o desemprego aumentou um pouco e o pagamento por hora teve pouca alteração. Isso significa que os trabalhadores não estão ganhando muito mais e que as empresas terão dificuldades para aumentar os preços.
"Há mais pessoas conseguindo emprego e há aumento nos salários, mas não o suficiente para causar medo de inflação. Isso está ajudando o mercado no momento", diz Jack Caffrey, estrategista do JP Morgan Private Bank.
O índice Dow Jones subiu para 10.940,55 pontos, o melhor resultado desde os 10.948,38 pontos alcançados em junho de 2001.
O S&P 500 chegou a seu melhor nível desde julho de 2001 e o Nasdaq teve o melhor resultado desde fevereiro.

Emprego
A criação de vagas nos Estados Unidos em fevereiro foi a melhor em quatro meses, com 262 mil novos postos.
O aumento, porém, não foi suficiente para compensar o crescimento do número de pessoas procurando trabalho, o que levou a taxa de desemprego a aumentar para 5,4%, ante 5,2% em janeiro.
A maior parte das vagas foi criada no setor de serviços, que adicionou 207 mil postos em fevereiro, incluindo 30 mil posições temporárias.

Conjuntura
Os pedidos de produtos às indústrias americanas subiram 0,2% em janeiro, após alta de 0,5% em dezembro. Os produtos que tiveram aumento de demanda foram principalmente os não-duráveis, como alimentos, couro e produtos químicos.
Já a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan caiu para 94,1 pontos em fevereiro, ante 95,5 em janeiro. A queda foi maior do que a esperada pelo mercado, que previa 94,5 pontos.


Texto Anterior: Tarifa zero do aço não anima setor
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.