São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007

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Mercado Aberto

Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br

Medicamentos genéricos já movimentam US$ 95 milhões

O setor de genéricos abriu o ano com expansão de vendas. Em janeiro, o segmento registrou um aumento de 48% no seu faturamento. O conjunto das indústrias de genéricos movimentou US$ 95,9 milhões no primeiro mês de 2007 contra US$ 64,8 milhões em igual período do ano passado.
Os números são da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos).
As vendas em unidades também cresceram. Em janeiro, as empresas de genéricos venderam 16,5 milhões de unidades contra 13,1 milhões em janeiro do ano anterior, uma expansão de 26%.
Com o resultado, a participação dos genéricos no mercado total de medicamentos aumentou de 11,7%, no primeiro mês de 2006, para 13,9% em janeiro deste ano, o que representa uma evolução de 2,2 pontos percentuais.
De acordo com Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos, entre 2004 e 2006, houve aumento de 75% no número de produtos genéricos disponibilizados para os consumidores.
O setor aguarda agora a entrada em vigor da nova regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que deve autorizar a produção dos medicamentos genéricos para os mercados de contraceptivos e hormônios. Atualmente, esses produtos estão restritos a medicamentos de marca.
A expectativa da Pró Genéricos é que a publicação ocorra ainda nesta semana. A agência, no entanto, havia se comprometido a publicá-la no Diário Oficial na semana passada.
A autorização vem sendo pleiteada pelos fabricantes de genéricos há quase dois anos e deve injetar, de acordo com a Pró Genéricos, mais de US$ 100 milhões por ano neste mercado.
"Esta liberação será muito positiva para o consumidor. Atualmente este mercado é dominado por apenas três multinacionais", afirma Finotti.
A Anvisa confirma que houve atraso na publicação devido ao Carnaval, mas garante que a autorização já foi aprovada pela diretoria e que, nos próximos dias, deve ser publicada no Diário Oficial.

MANIA DE MODA

Um dos maiores do país, o shopping de atacado Mega Polo Moda quer se "fashionizar". Com 400 lojas especializadas em homens, mulheres, crianças e tamanhos grandes, o complexo passa a receber consultoria para dar tratamento de moda aos produtos. "Passamos a fazer dois desfiles por ano, que antecipam todas as tendências", diz o diretor-superintendente Adelino Basílio. Com a mudança, é estimado um aumento de 22% no volume de vendas.

PÁSCOA RECICLADA

A rede CompreBem, do grupo Pão de Açúcar, vai economizar na Páscoa. Neste ano, a empresa vai reutilizar o material publicitário do ano passado. Cerca de 12 mil peças de Páscoa serão usadas novamente, gerando uma economia de 40.000 m2 de papel, e, em dinheiro, de R$ 100 mil. "É adequado ao objetivo da rede, que atende consumidoras que precisam economizar", afirma Alexandra Jakob, executiva da rede.

INCLUSÃO
A Vivo passa a capacitar, nesta semana, seus consultores das lojas para o atendimento em Libras (linguagem de sinais). A idéia é que São Paulo comece o atendimento, que deve ser estendido a outras cidades.

MARKETING
As sandálias Havaianas contrataram a Fábrica para cuidar de marketing direto.

BIG IN JAPAN
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, presenciou a tensão vivida por investidores japoneses e CEOs de multinacionais diante da crise na bolsa de valores da China, nesta semana. Em visita ao Japão, Pimentel ouviu de alguns deles que a crise chinesa é altamente favorável ao Brasil porque pode impulsionar a mudança de rumo de investimentos da Ásia para o país.

FARMÁCIA
As grandes redes de farmácias e drogarias brasileiras registraram um aumento de 9,95% em sua receita, em 2006, na comparação com 2005, segundo o balanço da Abrafarma (associação de redes de farmácias e drogarias). As redes movimentaram mais de R$ 6,95 bilhões em 2006, contra R$ 6,32 bilhões em 2005. A participação dos medicamentos foi de 74,68%, o equivalente a R$ 5,19 bilhões (veja quadro acima).

INCUBADORA
Um dos maiores especialistas do mundo no segmento de Angel Capital, o capital que financia empresas em estágio inicial, o americano John A. May chega a São Paulo para participar, entre os dias 12 e 14, do Congresso ABVCAP 2007, evento promovido pela Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity. May preside a principal organização de Angel Investors dos EUA.

NO CARTÃO
A Casas Bahia trabalha na expansão da base de cartões de crédito co-branded, Casas Bahia/Bradesco bandeira Visa. Nos últimos 60 dias, a empresa emitiu 500 mil cartões, totalizando 2 milhões de unidades. Em 2007, a meta é emitir 3 milhões de cartões, acréscimo de 200% desde que, em 2005, a rede oficializou sua parceria com o Bradesco no cartão com a bandeira das duas empresas.


Com Isabelle Moreira Lima e Joana Cunha


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