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Makro faz parceria com empresa de cartões em reação a "atacarejo"
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de ver as redes varejistas avançarem a passos largos no "atacarejo", o Makro
reagiu. A rede atacadista lançou
ontem uma parceria com a administradora de cartões ibi, irá
abrir lojas menores de bairro e
aumentar seu serviço de entregas, entre outras novidades.
Tudo para atingir a meta de
ultrapassar R$ 5 bilhões de receita em 2008, com crescimento de 8% sobre o ano passado.
A sociedade com o ibi tem
pretensões ambiciosas. Prevista para durar 20 anos, ela terá
os resultados dividido entre os
sócios, que detêm 50% de participação cada. A expectativa é de
que os usuários do cartão da
marca passem de 14% para
40%, até 2011.
O ibi pretende tornar-se o
domicílio bancário dos clientes
do Makro, fornecendo crédito
para o capital de giro de pequenos comerciantes. Com isso,
até a venda de alimentos poderá ser parcelada com juros de
2,92% ao mês.
Até o meio do ano, a rede pretende também inaugurar lojas
menores, em bairros, a primeira delas no Itaim Bibi, em São
Paulo. Batizadas de Horeca (de
hotelaria, restaurante e catering), os mini-Makro serão voltados para a clientela da rede
que mais cresce e que hoje representam 27% do total.
Outra novidade será a ampliação do sistema de entregas,
hoje restrito a cinco lojas e 600
clientes para 22 lojas e 4.400
clientes este ano. A empresa
também pretende abrir oito
novos Makros e chegar a 60 lojas até o fim do ano, com investimentos de R$ 160 milhões.
Antonio Colmenares, presidente do Makro para a América
do Sul até 1º de abril, afirma que
os movimentos do Makro não
são uma reação ao "atacarejo",
pois foram preparados há pelo
menos um ano e meio.
Para ele, o varejo vai abandonar os clientes desse nicho no
futuro. "Primeiro porque o empresário sente estar concorrendo com seu próprio cliente, ao
ser atendido na mesma loja.
Depois, é difícil manter a estrutura de custos quando se trabalha com clientes finais".
Para alguns especialistas no
setor, no entanto, o Makro está
reagindo, sim, ao "atacarejo".
Segundo Eugênio Foganholo,
da consultoria Mixxer, apesar
de ter sido pioneiro nesse tipo
de serviço, o Makro ficou parado, enquanto concorrentes encontraram nichos para avançar
e crescer muito mais do que ele.
Outro analista, que não quis
se identificar, diz que o Makro
terá mais dificuldades que outros "atacarejos", uma vez que
atua nacionalmente, enquanto
os outros em nichos regionais.
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