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Diferença salarial é a maior entre 20 países, diz entidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A discrepância entre os rendimentos por gênero no Brasil
é a maior do mundo, de acordo
com estudo divulgado ontem
pela Confederação Internacional dos Sindicatos (Ituc, na sigla em inglês), feito com cerca
de 300 mil trabalhadoras em
20 países.
As brasileiras ganham, em
média, 34% menos do que os
homens -a diferença média
global é de 22%. Depois do Brasil, as maiores diferenças ficam
com África do Sul (33%), México (29,8%) e Argentina (26,1%).
A maioria dos trabalhadores
que participaram da pesquisa
não são membros de sindicatos. Uma das maiores proporções de sindicalizados foi no
Brasil (68%). Mas a relação da
sindicalização com igualdade
entre gêneros no país, diz o estudo, é "frágil". É que na comparação entre sindicalizadas e
não-sindicalizadas a diferença
é pequena: as mulheres ganham 35,6% menos se sindicalizadas e 40,2% menos quando
não-sindicalizadas.
No Brasil, no setor público a
diferença é maior: as mulheres
ganham 37,8% menos que os
homens -no setor privado, ganham 36,9% menos. O setor
com maior discrepância de ganho entre mulheres e homens é
o de comércio, com 38,2%.
O estudo diz ainda que a crise
afeta de forma "especial" as
mulheres, tanto na busca por
emprego como nas condições
de trabalho. "Milhões de mulheres em serviços domésticos
ou em "trabalhos de imigrante"
estão sob iminência de desemprego ou já perderam seus empregos", disse Sharan Burrow,
presidente da confederação.
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