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EXPORTAÇÕES
Valor deve ser alcançado em 2002
Real fraco facilita a meta de US$ 100 bi
da Sucursal de Brasília
O governo acredita que a meta de
exportar US$ 100 bilhões até o ano
2002 -praticamente inviável até a
desvalorização do real- poderá
ser revista para cima nas próximas
semanas.
O secretário-executivo da Camex, embaixador José Botafogo
Gonçalves, fez a afirmativa ontem,
ao final de reunião que teve com
representantes de 15 bancos nacionais e estrangeiros, em que se discutiu como reativar as linhas de
crédito para a exportação.
O presidente do Banco do Brasil,
Andrea Calabi, disse que suas projeções para a balança comercial em
99 se inverteram de janeiro para
cá: de déficit de US$ 6 bilhões para
superávit de US$ 6 bilhões.
Todas essas previsões otimistas,
no entanto, dependem da obtenção de crédito para as exportações.
A reunião de ontem, embora
avaliada com superlativos pelos
participantes, não foi conclusiva.
Os dois grandes temas foram a
busca de alternativas de fontes de
financiamento para a exportação e
o debate de fórmulas para aumentar o acesso ao crédito para micro,
pequenas e médias empresas.
No primeiro item, falou-se em
emissão de bônus com garantia ou
participação de entidades multilaterais como o Banco Mundial, um
processo de lenta maturação.
No segundo ponto, discutiu-se a
possibilidade de a rede privada de
bancos poder oferecer fundos de
aval atualmente disponíveis apenas no BNDES. Representantes do
Banco Central e do BNDES vão se
encontrar para definir o que é preciso ser feito para que isso ocorra.
Recomendou-se que missões do
governo brasileiro sejam enviadas
ao exterior para reafirmar à comunidade financeira os princípios de
sua política econômica.
"Há uma percepção equivocada
do mercado que precisa ser corrigida", disse Botafogo Gonçalves.
Ele lembra que, mesmo durante
a moratória de 87, o Brasil nunca
deixou de honrar seus compromissos comerciais e que esse é um
ponto de confiabilidade que precisa ser repetido com insistência.
Outra sugestão ouvida pelo governo foi que o BNDES precisa tornar mais ágeis as operações do
Proex (Programa de Incentivo à
Exportação).
Apoio
O presidente do BNDES, José Pio
Borges, disse ontem que o banco
vai apoiar, com financiamentos,
trocas de ações ou outras possibilidades que surjam, os programas
de reestruturação de setores como
o siderúrgico, o petroquímico e o
de papel e celulose.
A reestruturação, nos três casos,
tem o objetivo de reduzir o número de empresas, via associações,
fusões ou aquisições, para dar às
que sobrarem portes maiores e,
consequentemente, mais condições de competir no exterior.
Pio Borges disse que o processo
de reestruturação do setor siderúrgico é o que está mais avançado e
que é provável sua conclusão até o
final deste ano.
Colaborou a Sucursal do Rio
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