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Européias devem disputar Telecom Italia
Governo italiano quer que controle de empresa permaneça no continente e já negocia com alemã, diz jornal
DA REDAÇÃO
A espanhola Telefónica e a
alemã Deutsche Telekom podem entrar na disputa pela Telecom Italia. Segundo o jornal
italiano "Il Sole 24 Ore", o governo do premiê Romano Prodi
não quer que a empresa de telefonia caia nas mãos da mexicana América Móvil e da americana AT&T. Essas duas empresas
já negociam a compra de 66%
do controle da Olimpia, a holding controladora da empresa
de telefonia.
A preferência é que o negócio
continue controlado por italianos, mas o governo Prodi já está
buscando alternativas européias para impedir que a administração da Telecom Italia, a
quinta maior empresa de telefonia da Europa, continue no
continente.
Outra que pode entrar na disputa é a France Telecom, que,
segundo o "Wall Street Journal", está disposta a fazer uma
oferta para a Pirelli, que detém
18% das ações da Olimpia.
Ainda de acordo com o "Il Sole 24 Ore", Roma já realizou os
primeiros contatos com o governo da chanceler alemã Angela Merkel, que é um dos principais acionistas da Deutsche
Telekom.
A América Móvil, do empresário mexicano Carlos Slim
(dono de uma fortuna de US$
49 bilhões, segundo a revista
"Forbes"), controla no Brasil a
Embratel (telefonia fixa), a Claro (telefonia móvel) e parte da
Net (TV a cabo), em que é parceira da Globo. A AT&T não
atua no país e tem 8,9% da
América Móvil.
A Telefónica, que no Brasil
participa do controle da Vivo, a
a maior operadora de telefonia
móvel do país, e da operadora
de telefonia fixa Telefônica,
disse no início do ano que a Pirelli propôs a compra de parte
da Olimpia. A negociação, porém, não evoluiu.
A Telecom Italia é dona da
TIM Brasil, segunda maior
operadora de telefonia móvel
nacional, e de parte da Brasil
Telecom, concessionária de telefonia fixa das regiões Norte,
Centro-Oeste e Sul.
Conselho
A Pirelli não incluiu o nome
de Guido Rossi, atual presidente da Telecom Italia, na sua lista com os nomes para a eleição
do conselho da empresa, marcada para o dia 16 deste mês.
A lista ainda pode ser alterada, mas parece pouco provável
que Rossi, que assumiu o cargo
em setembro do ano passado,
apareça nela em caso de mudança, de acordo com o "Financial Times".
Com agências internacionais
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