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TRABALHO
Centrais defendem criação de empregos com qualidade
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
As centrais sindicais vão
entregar para o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva um
documento intitulado
"Agenda dos Trabalhadores
pelo Desenvolvimento", com
propostas para o crescimento do país, melhora da distribuição de renda e principalmente da qualidade de empregos criados.
"Não adianta discutir o
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nem fazer investimentos e conceder subsídios a setores sem
olhar a questão da qualidade
do emprego que está criado",
disse Artur Henrique da Silva Santos, presidente da
CUT, ao citar como exemplo
o setor da construção civil.
Só no ano passado foi criado 1,22 milhão de empregos
formais de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)
do Ministério do Trabalho
-a maior parte deles, segundo estudos de especialistas,
com renda de no máximo de
dois salários mínimos.
Resultado de 15 reuniões e
57 horas de trabalho entre
representantes de sete centrais sindicais (CUT, Força
Sindical, CGT, SDS, CAT,
CGTB e Nova Central) e técnicos do Dieese, o documento será encaminhado também para parlamentares do
Congresso Nacional.
João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, destacou o combate ao
trabalho informal e o fortalecimento das negociações coletivas como pontos importantes do documento.
"Criticamos o modelo econômico adotado porque não
é esse modelo que vai gerar
crescimento nem emprego
de qualidade", afirma Antonio Carlos dos Reis, presidente da CGT.
Constam ainda na agenda
dos trabalhadores reivindicações históricas das centrais, como redução da jornada de 44 horas para 40 horas
semanais (sem redução salarial) e medidas para impor limites às horas extras.
As centrais também defendem medidas para melhorar
educação, saúde e habitação
no país, com políticas que levem em conta o crescimento
do país sem impactos negativos ao ambiente.
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