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Crise interrompe ciclo de expansão de 17 trimestres; ano será modesto, diz analista
DA REPORTAGEM LOCAL
O resultado do Bradesco
mostrou que a crise trouxe uma
nova realidade para o setor
bancário, que vinha alimentando seus crescentes lucros
apoiado na expansão contínua
e rápida da carteira de crédito.
"Foi a primeira vez em 17 trimestres que o resultado nominal caiu. Após esse [período de]
crescimento consecutivo, houve uma ruptura com a crise",
afirmou Milton Vargas, vice-presidente do Bradesco.
Para a carteira de crédito do
banco, que cresceu a um ritmo
médio de 35% nos últimos dois
anos, a previsão é que a expansão fique em uma faixa que vai
de 13% a 17% neste ano. E Vargas afirma que esse número vai
ser revisto, não descartando a
possibilidade de ficar até abaixo do piso projetado hoje.
"Com o crédito em ritmo menor e a receita de serviços no limite, os bancos privados terão
um ano mais modesto em relação ao ritmo dos últimos anos",
afirma Luis Miguel Santacreu,
da Austin Rating. No caso dos
bancos públicos, o analista afirma ser mais difícil projetar o
desempenho para este ano,
pois não se sabe ao certo o
quanto o governo irá influenciar nos rumos das instituições.
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