São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009

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Após fechar acordo com Chrysler, Fiat tenta acelerar compra da Opel

DA REDAÇÃO

Menos de uma semana após fechar negócio com a Chrysler para a aquisição de 20% de seu capital, o presidente da Fiat, Sergio Marchionne, reuniu-se ontem com o ministro da Economia alemão para agilizar a compra do controle da Opel -braço europeu da General Motors.
A Fiat pretendia fechar o acordo sem se endividar, disse o ministro Karl-Theodor zu Guttenberg, depois do encontro. Mas o negócio poderá envolver garantias governamentais para montadora completar investimentos entre US$ 6,7 bilhões e US$ 9,4 bilhões.
A montadora italiana quer criar uma empresa para reunir sua divisão automotiva (as marcas Fiat, Lancia e Alfa Romeo), a participação na Chrysler e as operações da GM na Europa. O grupo faturaria US$ 107 bilhões ao ano e fabricaria entre 6 milhões e 7 milhões de carros por ano.
Marchione tem a intenção de concluir a operação até o final deste mês. No entanto, o negócio -que formaria um dos principais grupos automotivos do mundo- já encontra algumas dificuldades.

Obstáculos
Segundo o jornal britânico "Financial Times", uma das 14 exigências do governo alemão é que o comprador da Opel baseie a companhia na Alemanha. Ontem, a Fiat disse que qualquer decisão sobre a sede do novo grupo seria "prematura". Além da Fiat, pelo menos mais seis grupos estão interessados na aquisição da Opel.
Outra dificuldade foi colocada por credores da Chrysler insatisfeitos com a venda de parte de seu capital para a Fiat. Ontem, eles pediram que o juiz do caso, Arthur Gonzalez, bloqueie o acordo. Na semana passada, a Chrysler entrou em concordata.
As ambições da Fiat foram bem recebidas. Na Bolsa de Milão, seus papéis terminaram em alta de 3,21%.


Com agências internacionais



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