São Paulo, sábado, 05 de junho de 2004

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INTEGRAÇÃO

Secretário-geral da ONU estará em conferência, que começa no dia 13 e terá a presença de 21 chefes de Estado

Annan virá a evento da Unctad em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, virá participar da 11ª Conferência da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). O evento acontecerá em São Paulo entre os dias 13 e 18.
A Folha apurou que o ganês Annan irá integrar alguma das sessões da conferência, que tem como tema principal o aprimoramento de estratégias para o crescimento, especialmente dos países em desenvolvimento.
Além do secretário da ONU e do secretário-geral da Unctad, o embaixador Rubens Ricupero, estão confirmadas as presenças de 20 chefes de Estado, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também confirmou presença no evento, mas a data e o teor de sua participação ainda não foram divulgados pelo governo.
Paralelamente ao encontro da Unctad, Brasil e Índia, coordenadores do G20 (grupo de países em desenvolvimento que tenta obter a liberalização do comércio agrícola nos países ricos), ao lado de Austrália, que preside o Grupo de Cairns (que reúne os maiores produtores agrícolas), realizarão uma reunião interministerial. O objetivo é desenhar as bases de um acordo de negociação para a liberalização agrícola da Rodada Doha, da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Ontem, em Genebra, a OMC encerrou quatro dias de negociação em que se discutiram reduções de barreiras. Diplomatas participantes do evento disseram que houve avanços, mas que ainda persistem algumas dificuldades que podem ser discutidas em São Paulo.
Também estão previstas as presenças do comissário de Comércio europeu, Pascal Lamy, e do representante americano de Comércio, Robert Zoellick, segundo informações do principal negociador de temas agrícolas dos EUA, Allen Johnson.
Johnson declarou ainda que o tema das discussões sobre a OMC será o acesso a mercados. Na mesa de negociações, os países em desenvolvimento e os ricos planejam estabelecer uma lista de produtos considerados sensíveis pelos dois grupos.
"A questão básica será definir quais são os produtos sensíveis e como eles deverão ser tratados", afirmou Johnson. O negociador americano, contudo, não quis revelar quais são os produtos que os EUA pretendem incluir na lista.


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