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Após semana "cheia", mercado fica à espera da ata do Copom
Investidor também estará atento ao discurso de Bernanke
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de superar uma semana cheia de dados econômicos internos e externos, o mercado financeiro terá um volume menor de informações para
trabalhar nos próximos dias.
Na semana passada, foram
conhecidos os números do PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro do primeiro trimestre
deste ano e a nova taxa básica
de juros da economia. Além
disso, o Fed (o banco central
dos EUA) divulgou a ata da última reunião de seu comitê de
política monetária.
Nos próximos dias, o primeiro grande evento a ser acompanhado no Brasil será a apresentação, na quinta-feira, da ata do
encontro do Copom.
Na quarta-feira passada, o
Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) anunciou
sua decisão de reduzir a taxa
básica da economia, a Selic, de
15,75% para 15,25% anuais. O
mercado projetava que o corte
nos juros básicos fosse dessa
magnitude.
A ata do Copom explicará os
motivos que levaram os diretores e o presidente do Banco
Central (que formam o comitê)
a decidirem por um corte de 0,5
ponto percentual na Selic. O
documento também pode trazer sinais sobre o futuro da política monetária brasileira.
Apesar de a pesquisa semanal "Relatório de Mercado" feita pelo Banco Central com cem
instituições financeiras mostrar projeção de que a taxa Selic
estará em 14,25% no fim deste
ano, há muitas dúvidas dentre
os analistas se haverá espaço
para que o Copom baixe os juros em sua próxima reunião.
Somente nos dias 18 e 19 de
julho haverá um novo encontro
do Copom. Até lá, muitas informações econômicas serão conhecidas, com poder para chacoalhar o mercado financeiro.
No fim deste mês, haverá a
decisão do Fed sobre os juros
básicos norte-americanos.
Como são as dúvidas e temores em relação ao futuro da taxa
básica dos EUA que têm trazido
turbulências ao mercado internacional, analistas afirmam
que até a próxima reunião do
Fed muita volatilidade ainda
poderá haver.
Na sexta-feira, os investidores estarão atentos ao discurso
que Ben Bernanke, presidente
do Fed, irá proferir.
A ata do último encontro do
BC dos EUA, que foi divulgada
na quarta-feira, não deixou claro se novas elevações nos juros
norte-americanos irão ocorrer
no curto prazo.
Juros futuros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato
DI que vence no fim de julho fechou na sexta-feira projetando
taxa de 15,13%.
A taxa paga por esse contrato
DI (Depósito Interfinanceiro)
projeta que os investidores
apostam que pode haver um
corte de 0,25 ponto percentual
na reunião do Copom que
acontecerá no próximo mês.
O corte feito pelo Copom na
semana passada fez com que a
taxa básica voltasse aos níveis
de março de 2001.
No caso dos juros reais, a taxa
agora está a 10,6% anuais. Os
juros reais são calculados levando em consideração a taxa
básica e a inflação projetada para os próximos 12 meses.
A queda da taxa real é importante, pois o setor empresarial
se baseia nela para realizar seus
investimentos futuros. Se essa
taxa sobe muito, acaba por fazer com que a economia se retraia, com os investimentos do
setor produtivo sendo adiados
ou suspensos.
Mas, apesar da diminuição, o
Brasil ainda tem, disparado, os
maiores juros reais do planeta.
Atrás do Brasil, em segundo lugar, está Cingapura, que pratica
taxa real de 6,7% anuais. Dentre os latino-americanos, a Venezuela é a que mais se aproxima do Brasil, com 5,8% ao ano.
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