da Sucursal de Brasília

As passagens aéreas domésticas ficaram 10,9% mais caras hoje. O reajuste foi autorizado ontem pelo DAC (Departamento de Aviação Civil) e passou a valer a partir da meia-noite.
O último aumento nos preços das passagens de avião, que são controlados pelo governo, havia sido concedido em julho de 1997. As autorizações de reajustes valem para as tarifas cheias -as companhias são livres para alterar os descontos promocionais.
O novo índice do reajuste anunciado oficialmente ontem foi negociado ao longo do último mês entre o DAC, as empresas aéreas e o Ministério da Fazenda.
Na última terça-feira, antes de terem recebido um sinal verde do governo, as companhias chegaram a anunciar um reajuste de 10,8%. O DAC ameaçou multar as empresas pela irregularidade e as companhias suspenderam o aumento.
O Ministério da Fazenda entendeu que, ao estimar o valor do reajuste, as empresas não teriam levado em conta um último reajuste ocorrido nos preços do querosene de aviação e também teriam usado uma taxa de câmbio sobrevalorizada em suas contas (R$ 1,81).
O novo índice de reajuste, recalculado pelo governo, acabou ficando um pouco superior ao das empresas.
Portaria do Ministério da Fazenda publicada ontem no "Diário Oficial" da União autorizando a mudança no preço determinou que um próximo reajuste só poderá ser concedido daqui a um ano.
O governo tem a intenção de eventualmente liberar os preços das passagens aéreas. A medida, que não tem data para ser implementada, é considerada uma evolução natural do processo de desregulamentação do setor.
Para tentar promover uma maior concorrência, o governo acabou com o sistema de rodízio com o qual as companhias operavam na ponte aérea. O uso dos aeroportos localizados nos centros das capitais, antes restrito a empresas regionais, também foi liberado para as demais companhias.


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