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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Raul Velloso critica anúncio de Mantega
Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado anteontem que o governo federal irá investir R$ 19 bilhões neste ano, ainda é muito
cedo para se dizer que esse número pode ser alcançado.
Há muitas dúvidas em relação a essa promessa de Mantega. Em primeiro lugar, trata-se
de uma intenção. Mesmo que o
governo lance a despesa de investimento no orçamento, nada garante que o dinheiro será
efetivamente desembolsado.
Há uma diferença grande entre a chamada liquidação da
operação e o desembolso do dinheiro para o investimento.
Um bom exemplo foi o que
ocorreu recentemente na Prefeitura de São Paulo. Antes de
José Serra assumir a prefeitura, a ex-prefeita Marta Suplicy
cancelou uma série de despesas
já contratadas por ela.
O economista Raul Velloso
chama a atenção também para
outro problema. Ainda é cedo
para se ter certeza de que o governo terá recursos suficientes
neste ano para cobrir esses R$
19 bilhões em investimentos.
Por enquanto, segundo Raul
Velloso, o governo só anunciou
o aumento dos gastos de custeio e a redução da arrecadação
tributária, seja por subsídios ou
por incentivos fiscais. "O que
eu gostaria de ver é o governo
anunciar o aumento do investimento com o corte de gastos,
mas não é isso que está acontecendo", diz.
Pelas contas do economista,
só a folha de pagamento já registrou um aumento de 13%
nos primeiros cinco meses do
ano, bem acima do crescimento
estimado para o PIB nominal,
que deve ser de cerca de 8% no
período. Isso sem contar outros
aumentos de salário.
Para Velloso, o investimento
anunciado por Mantega é incoerente com toda as notícias
de aumento dos gastos. "Só se
Deus repetisse no caixa da viúva o milagre da multiplicação
dos pães", diz Velloso.
Relógio de astronauta tem versão reduzida
O relógio que faz parte do
uniforme oficial dos astronautas americanos e russos
nas expedições espaciais e
que foi usado na Lua em
1969, o Speedmaster Moon
Watch, foi lançado em versão reduzida pela Omega.
Com o tamanho de caixa diminuído e o design da linha
Moon Watch, o Omega Reduced se tornou o terceiro
mais vendido da categoria. O
modelo pode ser adquirido
por R$ 7,2 mil.
SOB O SOL
O estilista britânico Ozwald Boateng apresentou ontem sua coleção masculina primavera-verão 2007 para a marca de
luxo Givenchy, na temporada de desfiles européia, em Paris
PROFISSÃO ESTRESSE
O maior vilão da saúde do empresariado brasileiro é o
estresse crônico. A afirmação é de Gilberto Ururahy, que
dirige a Med-Rio Check-up, especializada neste tipo de
exames para executivos. Com base em mais de 30 mil
check-ups realizados nos 16 anos de existência da clínica,
Ururahy desenvolveu o perfil da saúde do grupo. Entre os
resultados, as cardiopatias aparecem em destaque e há
um índice de 60% de incidência de doenças coronarianas
em executivos entre 40 e 49 anos. "O estresse crônico está na origem da maioria das doenças", diz Ururahy.
FORA DA CONFUSÃO
Rossano Maranhão, presidente do Banco do Brasil,
determinou a todos os seus
diretores e superintendentes que quer ver a instituição
fora da campanha eleitoral.
Ele já mandou retirar o slogan "Brasil um país de todos", cuja utilização era considerada obrigatória pela Secom, das peças publicitárias
do banco. Rossano quer evitar ao máximo que o banco
se envolva mais em confusões. A experiência da CPI já
foi o suficiente.
INFRA-ESTRUTURA
Dilma Rousseff (Casa Civil) anuncia amanhã, na
Fiesp, o lançamento do fundo de infra-estrutura InfraBrasil, que será usado para
investimentos em projetos
de infra-estrutura. O fundo
terá um caixa de R$ 600 milhões e os principais investidores serão os fundos de
pensão Previ, Petros e Funcef. A gestão do fundo ficará
a cargo do ABN Amro.
SERVIÇOS
O setor de comércio de
serviços estará em destaque
na próxima sexta, durante o
seminário Política de Exportação de Serviços, no auditório da CNC, em Brasília.
O objetivo é discutir as políticas voltadas para esse setor. O setor hoje representa
mais de 60% do PIB brasileiro e, entre 2000 e 2005, o comércio mundial de serviços
cresceu a uma taxa média
anual de 9%.
DEMISSÕES
O nível de emprego da
construção pesada caiu
2,76% entre abril e maio,
com a demissão de 959 trabalhadores. Segundo o Sinicesp, nos últimos 12 meses
houve alta de 11,87%, com
abertura de 3.579 postos de
trabalho. Em maio de 2005,
o setor empregava 30.139
trabalhadores e em maio de
2006, 33.718. Em 1987, havia
mais de 130 mil empregos.
NO LIMITE
No primeiro semestre, o
Ministério do Turismo empenhou R$ 974 milhões,
93,6% do limite para o ano.
Foram investidos R$ 354
milhões em infra-estrutura
turística, R$ 350 milhões na
aeroportuária e R$ 49 milhões em divulgação do turismo interno. Em 2005, o
ministério empenhou
R$ 716,3 milhões, o dobro
dos R$ 357,9 milhões de
2004. E em 2003, primeiro
ano da pasta, só R$ 127,1 milhões foram usados.
DESEMBARQUE
O vice-presidente da região leste da Nasdaq, Jeffrey
H. Singer, será um dos palestrantes do Congresso Internacional Brasil Competitivo, amanhã, em Brasília.
NA MODA
As vendas do BlackBerry,
aparelho que integra celular
e e-mail, explodiram. A Claro aumentou em 300% os
pedidos ao fabricante.
com ISABELLE MOREIRA E JOANA CUNHA
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