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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Empresas estão otimistas para 3º tri, diz Serasa
Depois do terremoto econômico vivido desde o fim do ano
passado, os empresário estão
agora bem mais otimistas para
os próximos meses. A maioria
deles já projeta um faturamento maior para este ano.
É o que aponta a Pesquisa Serasa Experian de Expectativa
Empresarial, realizada de 15 a
17 de junho com 1.010 empresas de todo o país.
De cada 100 empresas, 67
mudaram suas projeções para
este trimestre. Dessas, 71% preveem um faturamento maior
para o período de julho a setembro.
Apesar do otimismo em relação ao futuro, a pesquisa mostra que as empresas sentiram
os efeitos da crise. A maioria
das companhias consultadas
(46%) obteve uma receita menor do que a esperada no segundo trimestre. O setor mais
prejudicado foi a indústria
-52% das empresas tiveram
receita abaixo da projetada.
Mesmo assim, a indústria está mais otimista para este trimestre, embora menos do que
o comércio e o setor de serviços. No varejo, 79% das empresas que revisaram suas estimativas projetam um faturamento
maior, ante 64% na indústria,
segundo a Serasa.
A perspectiva de recuperação
nas condições de crédito é a
principal razão para essa melhora no clima entre os empresários. Para Carlos Henrique de
Almeida, economista da Serasa,
a perspectiva de aumento na
oferta de crédito deve beneficiar todos os setores, principalmente o varejo, o que justifica o
otimismo maior neste setor.
Segundo a pesquisa, 73% dos
empresários do setor financeiro esperam uma melhora nas
condições de crédito para pessoas físicas.
"Houve um exagero no pessimismo dos empresários. Eles
esperavam que a recuperação
da economia começasse no fim
do ano, mas já vimos sinais positivos no segundo trimestre."
Se a perspectiva é de melhora
na receita das empresas, em relação ao nível de emprego e ao
de investimento, é de estabilidade. Segundo a pesquisa, a
maioria das empresas não pretende alterar seu quadro de
funcionários nem mexer nos
investimentos previstos.
Para Almeida, esse resultado
significa que o tempo de demissões pode ter chegado ao fim,
mas a retomada das contratações e dos novos investimentos
deve demorar um pouco mais.
"O ajuste já foi feito e as empresas vão agora aproveitar sua
capacidade ociosa", afirma.
EM CASA
João Crestana, presidente do Secovi (sindicato de habitação), deve permanecer no cargo até 2011. A eleição para a diretoria do sindicato está marcada para agosto e a chapa de
Crestana é a única no pleito. Um dos desafios do setor é acelerar o lançamento de projetos previstos no programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo Crestana, empresários do
setor estão se reunindo mensalmente com a ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) para discutir o andamento do projeto.
"Ela tem nos cobrado para lançar empreendimentos para o
segmento de até três salários mínimos. Esses projetos levam
mais tempo para sair, mas virão nos próximos meses", afirma Crestana.
NO MICROSCÓPIO
José Antonio Alas é o novo presidente da farmacêutica
Eli Lilly no Brasil. Ex-diretor de marketing e vendas, Alas
substitui Gaetano Crupi no cargo, que se aposenta. Alas
pretende dar continuidade aos investimentos em pesquisa da empresa com foco em soluções individuais para os
pacientes. A Eli Lilly investe 20% da sua receita em pesquisa. No Brasil, foram realizados 40 estudos com 2.700
pacientes em 2008 -investimento de R$ 31 milhões.
CUBANOS
Uma missão empresarial
brasileira desembarca amanhã em Cuba para identificar oportunidades de negócios. Os investimentos no
país serão realizados por
meio de joint ventures com
empresas estatais cubanas.
Além das empresas, seguem
para a ilha representantes
dos ministérios do Desenvolvimento e de Relações
Exteriores, da ABDI (Agência de Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e da
Apex-Brasil.
AUTENTICADO
A Certisign, de certificação digital, quer faturar
R$ 42 milhões em 2009, 27%
mais que o resultado do ano
passado. A empresa conta
com o aquecimento dos negócios pelas mudanças provadas pelo Sped Contábil e
com uma maior preocupação das companhias com segurança e autenticação de
informações, para evitar
perdas com fraudes e roubos
de dados.
CABIDE
A PW Brasil, grupo da área
de vestuário e responsável
pelas marcas Missbella e
Haus, acaba de assumir a
gestão da marca Vide Bula. O
negócio envolve investimentos de cerca de R$ 25 milhões.
SAPATINHO
A Orbis, fabricante de calçados da cidade de Franca,
em São Paulo, fechou um
acordo de exclusividade com
a americana Sebago para
voltar a produzir no Brasil os
sapatos Docksides, que estiveram na moda nos anos 1980.
ANTIVÍRUS
A Winco, empresa de TI
que representa a AVG no
Brasil, lança sua primeira linha de soluções de segurança 100% desenvolvidas no
país. Os produtos são focados em empresas de médio e
grande porte. No ano passado, a empresa faturou
R$ 11 milhões.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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