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Economia dos EUA gera menos vagas e reduz pressão nos juros
Dados apontam para desaceleração econômica; desemprego vai a 4,8%
DA FOLHA ONLINE
A economia americana gerou
113 mil postos de trabalho em
julho, enquanto a taxa de desemprego no país subiu para
4,8%, informou ontem o Departamento do Trabalho.
O resultado fraco da criação
de empregos se ajusta à declaração do presidente do Federal
Reserve (Fed, o BC americano),
Ben Bernanke, feita no mês
passado, de que a economia
americana está em processo de
desaceleração, o que deve conter as pressões inflacionárias
causadas pelos altos preços da
energia e pela alta dos salários.
A desaceleração da economia
nos Estados Unidos pode conter novas altas da taxa de juros
americana, o que favorece países emergentes como o Brasil.
Juros maiores nos EUA atraem
mais capitais para o país, reduzindo a liquidez global que estimula os mercados de países como o Brasil.
Declarações de Bernanke no
passado mostrando preocupação com o ritmo de crescimento dos EUA geraram turbulência nos mercados, derrubando
a Bovespa e outras bolsas pelo
mundo.
Próxima reunião
O comitê de mercado aberto
do Fed deve decidir na próxima
terça-feira o rumo da taxa de
juros do país, hoje em 5,25%.
Analistas dizem que a instituição deve efetuar mais um
aumento de 0,25 ponto percentual na taxa (será o 18º consecutivo), elevando-a para 5,5%. Esse patamar deve ser mantido
no restante do ano, segundo os
analistas.
Os dados de ontem deram
munição aos que acreditam que
a campanha de alta dos juros
está próxima de seu final.
A economia americana registrou crescimento de 2,5% no
segundo trimestre (dado anualizado), menos da metade do
observado no primeiro, de
5,6%. A previsão era um crescimento de ao menos 3%.
Para o segundo semestre do
ano, a expectativa é de um desempenho econômico semelhante ao do período entre abril
e junho.
A taxa de desemprego divulgada ontem atingiu o mesmo
patamar que havia sido registrado em fevereiro.
Já o número de empregos
criados ficou abaixo do registrado em junho, 124 mil, e foi o
menor desde o resultado de
maio, quando foram abertas
100 mil vagas no mercado de
trabalho do país. A expectativa
dos economistas era a de que tivessem sido criados 145 mil
empregos no mês e de que a taxa de desemprego tivesse se
mantido em 4,6%.
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