São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Economia dos EUA gera menos vagas e reduz pressão nos juros

Dados apontam para desaceleração econômica; desemprego vai a 4,8%

DA FOLHA ONLINE

A economia americana gerou 113 mil postos de trabalho em julho, enquanto a taxa de desemprego no país subiu para 4,8%, informou ontem o Departamento do Trabalho.
O resultado fraco da criação de empregos se ajusta à declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, feita no mês passado, de que a economia americana está em processo de desaceleração, o que deve conter as pressões inflacionárias causadas pelos altos preços da energia e pela alta dos salários.
A desaceleração da economia nos Estados Unidos pode conter novas altas da taxa de juros americana, o que favorece países emergentes como o Brasil. Juros maiores nos EUA atraem mais capitais para o país, reduzindo a liquidez global que estimula os mercados de países como o Brasil.
Declarações de Bernanke no passado mostrando preocupação com o ritmo de crescimento dos EUA geraram turbulência nos mercados, derrubando a Bovespa e outras bolsas pelo mundo.

Próxima reunião
O comitê de mercado aberto do Fed deve decidir na próxima terça-feira o rumo da taxa de juros do país, hoje em 5,25%.
Analistas dizem que a instituição deve efetuar mais um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa (será o 18º consecutivo), elevando-a para 5,5%. Esse patamar deve ser mantido no restante do ano, segundo os analistas.
Os dados de ontem deram munição aos que acreditam que a campanha de alta dos juros está próxima de seu final.
A economia americana registrou crescimento de 2,5% no segundo trimestre (dado anualizado), menos da metade do observado no primeiro, de 5,6%. A previsão era um crescimento de ao menos 3%.
Para o segundo semestre do ano, a expectativa é de um desempenho econômico semelhante ao do período entre abril e junho.
A taxa de desemprego divulgada ontem atingiu o mesmo patamar que havia sido registrado em fevereiro.
Já o número de empregos criados ficou abaixo do registrado em junho, 124 mil, e foi o menor desde o resultado de maio, quando foram abertas 100 mil vagas no mercado de trabalho do país. A expectativa dos economistas era a de que tivessem sido criados 145 mil empregos no mês e de que a taxa de desemprego tivesse se mantido em 4,6%.


Texto Anterior: Indústria do suco cria piso para pagar a produtores
Próximo Texto: Com crise da Varig, TAM lucra 623% mais
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.