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Governo vai ajudar indústria de brinquedos
Setor é incluído na política industrial para fazer frente à concorrência chinesa; programa prevê crédito e incentivos fiscais
Indústria se compromete a reduzir preço e gerar vagas; Paulo Bernardo afirma
que governo estuda
estímulo para mais setores
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A indústria de brinquedos foi
incluída ontem na política industrial do governo para fazer
frente à concorrência de produtos chineses.
O programa prevê medidas
como incentivos fiscais, crédito
e apoio técnico. Hoje, 27 setores fazem parte da política industrial, entre eles eles o de
construção civil, máquinas e
equipamentos e a indústria automotiva.
Entre as principais medidas
defendidas pela indústria de
brinquedos, está a abertura de
linhas de crédito do BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
Umas das metas é o investimento de R$ 100 milhões em
cinco anos, para aumentar o faturamento em 12%.
O setor espera elevar sua participação no mercado nacional
dos atuais 55% para 65% das
vendas, tomando o espaço das
importações. Há ainda o compromisso de reduzir preços em
5% e gerar mil empregos.
De acordo com o presidente
da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista, além do
crédito e da redução de custos,
já estão sendo discutidas ações
para pesquisa e desenvolvimento e aumento de vendas
nas regiões mais pobres.
Outra questão é a defesa da
concorrência. Segundo o executivo, hoje, um quilo de brinquedos entra no país pelo valor
de US$ 8,70. O objetivo é chegar ao patamar internacional
de US$ 10 até o final de 2010,
apenas com ações de combate a
fraudes fiscais. Em 2003, o valor era de US$ 1,10.
Mais incentivo
O governo federal estuda
adotar novas medidas de estímulo a mais setores indústria,
disse ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Estão em análise, segundo ele,
formas de acelerar a recuperação de setores que vêm retomando a produção de forma
mais lenta depois do baque
provocado pela crise econômica mundial.
Entre os setores que vêm recebendo acompanhamento especial e que poderão ser contemplados, estão as indústrias
de commodities metálicas, metal-mecânica e exportadoras.
"Estamos fazendo avaliações
permanentes. Não há nada definido, mas, havendo necessidade e entendimento do governo, poderemos adotar algumas
medidas", afirmou o ministro,
no Rio de Janeiro.
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