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Pobre sofre mais com inflação
DA REPORTAGEM LOCAL
O país viveu, nos últimos quatro anos, uma "recessão dos pobres", segundo o boletim "Política
Econômica em Foco", divulgado
ontem pelo Cecon, (Centro de Estudos de Conjuntura e Política
Econômica) da Unicamp. As famílias que sobrevivem com até
dois salários mínimos, além de terem sua renda comprimida pela
precarização do mercado de trabalho, sofreram mais com a inflação do que o resto da população.
A cesta de consumo das famílias
que ganham até dois salários mínimos subiu 7,12% de janeiro a julho deste ano, enquanto o IPCA
ficou em 6,8%. Para chegar a esse
resusltado o Cecon reponderou o
IPCA pela cesta de consumo das
pessoas que recebem até dois salários mínimos, utilizando dados
da POF (Pesquisa de Orçamento
Familiar) de 1996.
Segundo esses cálculos, alimentação foi o que mais pesou, consumindo 32,8% da renda familiar.
Em segundo lugar, estão os gastos
com transporte urbano que absorvem 9% da renda desses trabalhadores.
Segundo Edgard Antonio Pereira e Adriana Nunes Ferreira, autores do texto sobre produção,
emprego e renda, publicado no
boletim, "a desvalorização do
Real teve efeito desastroso sobre o
rendimento médio dos ocupados,
mas a sua valorização recente não
recompôs o pdoer de compra"
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