São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2004

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PAINEL S.A.

Eletroeletrônicos...
Além da alta de preços dos insumos, a indústria eletroeletrônica de consumo começa a se defrontar com a falta de matérias-primas, segundo Paulo Saab (Eletros). A situação ameaça a produção de itens como geladeiras e TVs no final do ano.

...ameaçados
Segundo Saab, o problema já causa interrupções nas linhas de produção. O déficit chega a até 30%, no caso de algumas matérias-primas derivadas do plástico, cujos preços também subiram até 60% no semestre. No caso do aço, certos tipos do produto tiveram aumento de até 60%.

Abaixo da média
O crescimento do PIB brasileiro deve ficar em 4,1% no fim do ano, abaixo da média de 5,2% dos principais países da América Latina, diz relatório de Robert Berges, da Merrill Lynch. O maior aumento deverá ser o da Venezuela (13,3%), e o mais baixo, o da Colômbia (3,8%).

No topo
A balança comercial brasileira, porém, deve fechar 2004 com saldo de US$ 28,6 bilhões, segundo o relatório da Merrill Lynch. O valor é quase a metade da soma dos resultados dos países da América Latina, que deve ficar em US$ 61,1 bilhões.

Memórias...
A FGV lança na quinta o livro "Tempos Modernos: João Paulo dos Reis Velloso - Memórias do Desenvolvimento", organizado por Maria Celina D'Araujo e Celso Castro, do Cpdoc. O evento acontece na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio.

...do desenvolvimento
O depoimento do ex-ministro Reis Velloso abrange desde a infância e a família no Piauí às atividades políticas, além de cobrir a história econômica brasileira a partir dos anos 1930.

Palestra
O indiano Christian Fabre faz, no dia 21, a palestra "Mentalidade Empresarial da Nova Era", na Abravest. Fabre, que é dono de 35 fábricas têxteis e exporta US$ 100 milhões em roupas, ganha US$ 200 por mês. Todo o faturamento é dividido pelos 62 mil funcionários.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

O efeito eleições

O crescimento do PIB acima das previsões no primeiro semestre deve ser em parte atribuído também ao fato de 2004 ser um ano eleitoral, segundo o economista Eustáquio Reis, do Ipea. A maior prova disso foi a expansão de 2,8% do setor de serviços nos primeiros seis meses do ano em relação a 2003. De acordo com Eustáquio Reis, as eleições, com todo o movimento que provoca nas ruas e mais a aceleração das obras públicas, sempre provocam um impacto grande no nível de atividade.
Dessa forma, o economista espera que os índices de crescimento continuem elevados no terceiro trimestre. Reis não se surpreenderia se viesse a ocorrer um certo arrefecimento do ritmo de expansão no último trimestre, apesar de todo o otimismo que existe em torno das vendas de Natal. De qualquer forma, ele acha que o país deve crescer entre 4% e 5% neste ano.


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