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Provedores vêem prejuízo a consumidor
PATRICIA ZIMMERMANN
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O consumidor poderá ser
prejudicado com a suspensão do leilão de freqüências
nas faixas de 3,5 GHz e 10,5
GHz, segundo avaliação do
presidente da Global Info
(associação que reúne provedores de acesso à internet),
Paulo Messina.
Segundo ele, a venda de
freqüências permitiria ampliar o número de empresas
prestadoras de serviços de
acesso à internet em banda
larga sem fio, o que aumentaria a concorrência e levaria à
queda de preços, inclusive
para os serviços de telefonia.
A associação ainda vai analisar que medidas poderão
ser adotadas para tentar reverter a suspensão do leilão.
"Até que possa ser feito um
novo edital, quem vai perder
é todo o setor, quem vai perder é o consumidor, que não
vai ter concorrência no serviço", disse Messina.
Ele considerou "curioso"
que o tribunal tenha anunciado somente ontem, durante a sessão de entrega das
propostas, suspender o leilão, já que o processo estava
sendo analisado desde janeiro do ano passado.
Segundo o TCU, esperava-se que a Anatel refizesse os
cálculos dos preços mínimos, motivo do adiamento,
conforme orientação dos
técnicos do tribunal, o que
não ocorreu.
O presidente da Abranet
(Associação Brasileira dos
Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede
Internet), Antonio Tavares,
considerou positiva a decisão do tribunal, por impedir
o "desastre" que seria a participação das teles fixas locais.
Tavares disse acreditar
que o edital de licitação possa ser ajustado no prazo de
30 a 60 dias, mantendo as
operadoras de telefonia fora
da disputa nas suas áreas de
concessão. Na regra original
da Anatel, as teles seriam impedidas de participar nos locais onde são concessionárias, mas elas obtiveram na
Justiça liminar garantindo
sua participação no leilão.
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