São Paulo, terça-feira, 05 de setembro de 2006

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Vaivém das commodities

Mauro Zafalon -@ mzfalon@folhasp.com.br

DÍVIDAS AGRÍCOLAS
A dívida dos agricultores brasileiros com as empresas de fertilizantes, defensivos, sementes e com tradings soma pelo menos R$ 6,5 bilhões, prejuízo acumulado ao longo das últimas duas safras (2004/5 e 2005/6), aponta André Pessoa em estudo feito pela consultoria Agroconsult.

SOJA LIDERA
A pesquisa, encomendada pela Anda (do setor de adubos), mostra que a sojicultura tem a maior parcela da dívida, contraída em boa parte pela variação do câmbio entre os períodos de compra de insumos e de comercialização da safra, o que afetou a rentabilidade da atividade, informa a Reuters.

OS MAIS AFETADOS
No setor privado, as empresas de defensivos são as mais afetadas pelo não-pagamento das dívidas. Com faturamento de R$ 9 bilhões, a inadimplência é de 3,6 bilhões. O setor de adubos, com faturamento de R$ 12 bilhões, está com R$ 1 bilhão a receber da safra 2005/6 e R$ 500 milhões da anterior.

EXPORTAÇÕES
As receitas com as vendas externas dos 15 principais produtos do agronegócio renderam US$ 22,2 bilhões até agosto, 8% a mais do que no mesmo período do ano passado, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

RECOMENDAÇÕES
Ao participar de evento da Ocesp (cooperativas paulistas) neste final de semana, em Ribeirão Preto (SP), Roberto Rodrigues, mesmo se dizendo em quarentena após a saída do governo, deu um recado às cooperativas para investir em certificação, rastreabilidade, criação de marcas e de um selo para não perder competitividade.

MISTURA MAIOR
O setor produtivo de álcool quer a elevação de 20% para 25% na mistura do produto à gasolina. Segundo o presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, a produção atual é mais do que suficiente para suportar a mistura de 25%. Em plena safra, os preços estão com forte queda nas usinas.

FRANGO EM ALTA
A dificuldade de encontrar animais para o abate e a semana de pagamento de salários elevaram o preço do frango neste começo de semana. O quilo da ave viva foi comercializado a R$ 1,45. Em 30 dias, a carne acumula alta de 38,1%.

LONGE DE CASA
Desenvolvida pelo Iapar para os produtores paranaenses, a variedade uirapuru de feijão preto se deu muito bem no Tocantins. Mesmo longe de casa, o feijão atinge 30 sacas por hectare e o custo de produção é muito baixo, segundo produtores da região.


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