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Acaba hoje prazo para ação do Santander
Investidor interessado tem que reservar papéis em bancos ou corretoras; operadores alertam de que deve haver rateio
Pessoa física pode comprar de R$ 3.000 a R$ 300 mil; volume captado pelo banco pode chegar a R$ 15 bi e ser o maior no mundo neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Termina hoje o prazo para
que investidores interessados
em participar do lançamento
de ações do banco Santander
façam suas reservas. Os papéis
devem estrear no pregão da
Bolsa de Valores de São Paulo
na quarta-feira. O investidor
pessoa física pode reservar entre R$ 3.000 e R$ 300 mil em
ações que vão ser emitidas pelo
banco Santander Brasil.
Segundo operadores do mercado, a procura pelas ações tem
sido bastante elevada e, assim,
são grandes as chances de haver rateio. Isso significa que as
pessoas dificilmente irão levar
o montante de ações que pretendiam. O rateio ocorre quando a demanda pelo papel supera o montante que vai ser emitido. Dessa forma, o volume de
ações que chegará ao mercado é
repartido entre os investidores
que fizeram reservas.
Para fazer a reserva, os interessados devem consultar o
banco do qual é cliente ou uma
das corretoras cadastradas na
Bovespa. As corretoras podem
ser consultadas no endereço
www.bovespa.com.br. Após
fazer a reserva que pretende
das ações, o cliente aguarda o
encerramento da operação para saber o montante que terá
direito de comprar.
A partir do dia em que os papéis estrearem no pregão da
Bolsa, os investidores podem
comprar a ação livremente, como ocorre com qualquer outro
papel negociado no mercado
acionário brasileiro.
Como qualquer ação disponível na Bolsa, a do Santander
está sujeita a oscilações, que
podem gerar tanto ganhos
quanto perdas. Não existe garantia de que uma ação irá dar
lucro em determinado período.
Para quem quiser aproveitar
este último dia e fazer sua reserva, os analistas lembram
que é fundamental, antes de
qualquer decisão, ler atentamente o prospecto da operação. O prospecto é o documento que traz todas as características da operação, seus riscos e
custos. É possível ler o prospecto da emissão do banco Santander no site da CBLC (entidade
responsável pela custódia dos
papéis): www.cblc.com.br.
Operação gigante
A operação de lançamento
dos papéis pode alcançar os R$
15 bilhões, segundo estimativas
do mercado. O montante exato
será conhecido apenas após o
encerramento do período de
reservas, quando for definido o
preço que os papéis terão em
sua estreia na Bolsa. Os coordenadores da oferta estimaram
que a ação será lançada em uma
faixa de preço que vai de R$ 22
a R$ 25. Quanto mais próximo
do teto dessa faixa, maior o volume final da operação.
Essa oferta pode ser a maior
do mundo no ano até o momento. Para isso, terá de superar a
abertura de capital da construtora chinesa CSCEC, que levantou US$ 7,34 bilhões (o
equivalente a R$ 13,07 bilhões).
O Santander já possui ações
no pregão da BM&FBovespa.
Mas são papéis de baixa liquidez -ou seja, pouco negociados. Se tiver sucesso em sua
empreitada, o Santander poderá em breve vir a fazer parte do
índice Ibovespa, que reúne as
63 ações mais negociadas.
Com a nova emissão, a instituição financeira pretende ganhar destaque no pregão da
Bolsa e competir, em termos de
negociação, com seus concorrentes Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que são
bastante transacionados no
mercado acionário.
No mês de agosto, por exemplo, a ação preferencial do Itaú
Unibanco foi a terceira mais
negociada da Bolsa, ficando
atrás apenas das gigantes Petrobras e Vale. Na quinta posição do ranking do mês, apareceu o papel Bradesco PN.
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