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São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Desde o começo do ano, indicador já recuou 60%; C-Bond sobe e encosta em sua cotação recorde

Acordo com FMI faz risco cair para 579 pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo acordo do governo brasileiro com o FMI (Fundo Monetário Internacional) deu alento ao mercado financeiro: o risco-país recuou 1,7%, para 579 pontos. Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira mais negociados, subiram 0,33%, a US$ 0,9406, próximos de seu valor recorde.
No ano, o risco-país já despencou 60%. Apenas no meio do mês passado o indicador conseguiu fechar abaixo dos 600 pontos, o que não ocorria desde julho de 1998.
O dinheiro novo, resultante desse novo acordo entre o Brasil e o Fundo, servirá como uma reserva, destinada a dar mais tranquilidade ao país em eventuais turbulências que podem acontecer no próximo ano.
O valor do risco representa a diferença entre as taxas de juros pagos por títulos da dívida soberana de um país e papéis do governo norte-americano.
Risco-país em níveis menores indica maior confiança do mercado em relação à capacidade de o governo honrar seus compromissos. Na prática, esse movimento de baixa facilita a captação de recursos no exterior por empresas e governo brasileiros a taxas mais reduzidas.
O maior risco-país alcançado pelo Brasil foi em setembro do ano passado, quando chegou a 2.443 pontos, momento em que o país vivia a tensão pré-eleitoral.

Câmbio
Já o dólar subiu um pouco. A alta de 0,39% registrada pela moeda norte-americana diante do real foi atribuída a pequenos ajustes feitos pelas tesourarias de bancos após a mudança anunciada pelo Banco Central no início da noite de segunda-feira.
Com a nova norma, o BC ampliou para 180 dias o prazo máximo que o Tesouro Nacional tem para adquirir dólares antes dos vencimentos da dívida pública. O dólar encerrou o dia a R$ 2,861.
O BC decidiu não rolar nada da dívida cambial de pouco mais de US$ 400 milhões que vence no próximo dia 13. A autoridade monetária vem reduzindo drasticamente o percentual de rolagem de sua dívida cambial nos últimos meses.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os negócios aumentaram. O volume girado ficou em R$ 1,1 bilhão. A Bovespa fechou com 18.541 pontos, com alta de 0,13%.
(FABRICIO VIEIRA)


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