|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Desde o começo do ano, indicador já recuou 60%; C-Bond sobe e encosta em sua cotação recorde
Acordo com FMI faz risco cair para 579 pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo acordo do governo brasileiro com o FMI (Fundo Monetário Internacional) deu alento ao
mercado financeiro: o risco-país
recuou 1,7%, para 579 pontos. Os
C-Bonds, títulos da dívida brasileira mais negociados, subiram
0,33%, a US$ 0,9406, próximos de
seu valor recorde.
No ano, o risco-país já despencou 60%. Apenas no meio do mês
passado o indicador conseguiu
fechar abaixo dos 600 pontos, o
que não ocorria desde julho de
1998.
O dinheiro novo, resultante
desse novo acordo entre o Brasil e
o Fundo, servirá como uma reserva, destinada a dar mais tranquilidade ao país em eventuais turbulências que podem acontecer no
próximo ano.
O valor do risco representa a diferença entre as taxas de juros pagos por títulos da dívida soberana
de um país e papéis do governo
norte-americano.
Risco-país em níveis menores
indica maior confiança do mercado em relação à capacidade de o
governo honrar seus compromissos. Na prática, esse movimento
de baixa facilita a captação de recursos no exterior por empresas e
governo brasileiros a taxas mais
reduzidas.
O maior risco-país alcançado
pelo Brasil foi em setembro do
ano passado, quando chegou a
2.443 pontos, momento em que o
país vivia a tensão pré-eleitoral.
Câmbio
Já o dólar subiu um pouco. A alta de 0,39% registrada pela moeda
norte-americana diante do real
foi atribuída a pequenos ajustes
feitos pelas tesourarias de bancos
após a mudança anunciada pelo
Banco Central no início da noite
de segunda-feira.
Com a nova norma, o BC ampliou para 180 dias o prazo máximo que o Tesouro Nacional tem
para adquirir dólares antes dos
vencimentos da dívida pública. O
dólar encerrou o dia a R$ 2,861.
O BC decidiu não rolar nada da
dívida cambial de pouco mais de
US$ 400 milhões que vence no
próximo dia 13. A autoridade monetária vem reduzindo drasticamente o percentual de rolagem de
sua dívida cambial nos últimos
meses.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os negócios aumentaram. O
volume girado ficou em R$ 1,1 bilhão. A Bovespa fechou com
18.541 pontos, com alta de 0,13%.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Aéreas: Vasp diz que espera faturar R$ 1,1 bi no ano Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|