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Rede Record dobra faturamento em 98
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
da Reportagem Local
A Rede Record vai fechar o ano
com um faturamento de cerca de
R$ 125 milhões, mais do que o dobro dos R$ 57 milhões registrados
no ano passado.
A empresa será um dos poucos
veículos de comunicação a obter
um crescimento expressivo em
1998, já que se espera que o mercado publicitário repita os valores alcançados no ano passado.
A atual crise econômica não deixou, porém, de afetar a empresa
-neste segundo semestre, está faturando 20% a menos do que projetava.
A Rede Record deverá, de qualquer forma, ter lucro neste ano, de
cerca de 5% ou 6% do faturamento, disse Carlos Alberto Missiroli,
superintendente comercial.
Uma das explicações para esse
desempenho foi a mudança na
programação da rede, com os programas religiosos da Igreja Universal do Reino de Deus, à qual
pertencem os controladores da Record.
"Hoje, a Record apresenta menos programas religiosos do que
outras emissoras", afirmou Missiroli, referindo-se implicitamente à
Manchete.
Os programas religiosos também
estão limitados aos horários da
madrugada. A intenção da Igreja
Universal é concentrar esses programas na outra rede de televisão
que está sendo montada, a Rede
Família.
Além disso, a Record passou a
oferecer programas dirigidos a um
público mais sofisticado, especialmente o jornal apresentado por
Boris Casoy.
A rede também ganhou audiência, se tornando a terceira mais assistida -e a segunda no ranking
no caso de donas-de-casa por causa dos programas da apresentadora Ana Maria Braga.
A intenção de aprofundar o processo de desvinculação da imagem
da Record da Igreja Universal é
uma das razões que levou a empresa a contratar uma agência de propaganda, a Standard Ogilvy & Mather. "A intenção é investir na marca Record, desvinculando-a do
passado", afirmou Sergio Amado,
presidente da Standard.
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